cotidianidade

Category: Heidegger - Ser e Tempo etc.
Submitter: Murilo Cardoso de Castro

cotidianidade

Alltäglichkeit, alltäglich

Elas têm de mostrar a presença [Dasein] tal como ela é antes de tudo e na maioria das vezes, em sua COTIDIANIDADE mediana. STMSC: §5

Da COTIDIANIDADE não se devem extrair estruturas ocasionais e acidentais, mas estruturas essenciais. STMSC: §5

Do ponto de vista da constituição fundamental da COTIDIANIDADE da presença [Dasein], poder-se-á, então, colocar em relevo o ser desse ente. STMSC: §5

Esta indiferença da COTIDIANIDADE da presença [Dasein] não é um nada negativo, mas um caráter fenomenal positivo deste ente. STMSC: §9

Porque a COTIDIANIDADE mediana perfaz o que, em primeiro lugar, constitui o ôntico deste ente, sempre se saltou por cima dela e sempre se o fará nas explicações da presença [Dasein]. STMSC: §9

Não se deve, porém, tomar a COTIDIANIDADE mediana da presença [Dasein] como um simples “aspecto”. STMSC: §9

Pois a estrutura da existencialidade está incluída a priori na COTIDIANIDADE e até mesmo em seu modo impróprio. STMSC: §9

De certa forma, nele está igualmente em jogo o ser da presença [Dasein], com o qual ela se comporta e relaciona no modo da COTIDIANIDADE mediana, mesmo que seja apenas fugindo e se esquecendo dele. STMSC: §9

A explicação da presença [Dasein] em sua COTIDIANIDADE mediana não fornece apenas estruturas medianas, no sentido de uma indeterminação vaga. STMSC: §9

As dificuldades para se obter um “conceito natural de mundo” A interpretação da presença [Dasein] em sua COTIDIANIDADE não deve, porém, ser identificada com descrição de uma fase primitiva da presença [Dasein], cujo conhecimento pudesse ser transmitido empiricamente pela antropologia. STMSC: §11

Além disso, também a presença [Dasein] primitiva possui suas possibilidades não cotidianas de ser e a sua COTIDIANIDADE específica. STMSC: §11

Numa demonstração fenomenal devemos determinar quem é e está no modo da COTIDIANIDADE mediana da presença [Dasein] (cf. STMSC: §12

O conhecimento do mundo Se ser-no-mundo é uma constituição fundamental da presença [Dasein] em que ela se move não apenas em geral mas, sobretudo, no modo da COTIDIANIDADE, então a presença [Dasein] já deve ter sido sempre experimentada onticamente. STMSC: §13

O ser-no-mundo e com isso também o mundo deve tornar-se tema da analítica no horizonte da COTIDIANIDADE mediana enquanto modo de ser mais próximo da presença [Dasein]. STMSC: §14

À COTIDIANIDADE de ser-no-mundo pertencem modos de ocupação que permitem o encontro com o ente de que se ocupa, de tal maneira que apareça a determinação mundana dos entes intramundanos. STMSC: §16

Também indicam que é o próprio sinal que retira a sua surpresa da não-surpresa do todo instrumental, à mão na COTIDIANIDADE de modo “evidente” como, por exemplo, o costume de se dar um “nó no lenço” como marca de lembrança. STMSC: §17

O que ele mostra é que há sempre algo com que se ocupar na circunvisão da COTIDIANIDADE. STMSC: §17

O manual do mundo circundante, na verdade, não se oferece como algo simplesmente dado para um observador eterno, destituído de presença [Dasein], mas vem ao encontro na COTIDIANIDADE da presença [Dasein], empenhada em ocupações dentro da circunvisão. STMSC: §23

O dis-tanciamento guiado por uma circunvisão na COTIDIANIDADE da presença [Dasein] descobre o ser-em-sido “mundo verdadeiro”, isto é, de um ente junto ao qual a presença [Dasein], existindo, já sempre está. STMSC: §23

No contexto de uma analítica existencial da presença [Dasein] fática, levanta-se a questão se este modo de doação do eu propicia uma abertura qualquer para a COTIDIANIDADE da presença [Dasein]. STMSC: §25

A tarefa é tornar fenomenalmente visível e interpretar ontologicamente de maneira adequada o modo de ser dessa co-presença [Dasein] na COTIDIANIDADE mais próxima. STMSC: §25

O impessoal, que não é nada determinado, mas que todos são, embora não como soma, prescreve o modo de ser da COTIDIANIDADE. STMSC: §27

Na COTIDIANIDADE da presença [Dasein], a maioria das coisas é feita por alguém de quem se deve dizer que não é ninguém. STMSC: §27

O impessoal tira o encargo de cada presença [Dasein] em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §27

Para uma “visão” ôntico-ontológica, destituída de preconceitos, o impessoal se revela como “o sujeito mais real” da COTIDIANIDADE. STMSC: §27

O ser-no-mundo tornou-se visível em sua COTIDIANIDADE e em sua medianidade. STMSC: §27

Até agora, a caracterização fenomenal do ser-no-mundo voltou-se para o momento estrutural mundo, no intuito de responder à questão quem deste ente em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §28

Em consequência, deve-se explicitar o seu modo de ser na COTIDIANIDADE. STMSC: §28

E justamente na COTIDIANIDADE mais indiferente e inocente, o ser da presença [Dasein] pode irromper na nudez de “que é e ter de ser”. STMSC: §29

Constatar que a presença [Dasein] não “cede” a tais humores na COTIDIANIDADE, isto é, que não persegue a abertura por eles realizada e não se deixa levar pelo que assim se abre, não constitui uma prova contra a fatualidade fenomenal de o humor abrir o ser do pre [das Da] em seu “que é” (Dass), mas sim um testemunho. STMSC: §29

A presente investigação da linguagem tinha por tarefa apenas mostrar o “lugar” ontológico desse fenômeno dentro da constituição de ser da presença [Dasein] e, sobretudo, preparar a análise que se segue e que tenta visualizar a COTIDIANIDADE da presença [Dasein] de uma maneira ontologicamente mais originária, seguindo o modo de ser fundamental da fala em conexão com outros fenômenos. STMSC: §34

O SER COTIDIANO DO PRE E A DECADÊNCIA DA PRESENÇA Remontando às estruturas existenciais que compõem a abertura do ser-no-mundo, a interpretação, de certo modo, perdeu de vista a COTIDIANIDADE da presença [Dasein]. STMSC: §34

Essas possibilidades próprias revelam assim uma tendência essencial do ser da COTIDIANIDADE. STMSC: §34

Explicitada de maneira suficiente em sua estrutura ontológica, a COTIDIANIDADE há de desenvolver um modo de ser originário da presença [Dasein] de tal maneira que, a partir desse modo de ser, possa demonstrar-se em sua concreção existencial o fenômeno de estar-lançado, inerente à presença [Dasein]. STMSC: §34

A constituição fundamental da visão mostra-se numa tendência ontológica para “ver”, própria da COTIDIANIDADE. STMSC: §36

Trata-se de um modo de ser onde ela se ocupa em tornar-se desprendida de si mesma enquanto ser-no-mundo, desprendida do ser junto ao que imediatamente está à mão na COTIDIANIDADE. STMSC: §36

O modo básico do ser da COTIDIANIDADE deve ser compreendido no horizonte das estruturas ontológicas da presença [Dasein] até aqui obtidas. STMSC: §37

Nelas e em seu nexo ontológico, desvela-se um modo fundamental de ser da COTIDIANIDADE que denominamos com o termo decadência da presença [Dasein]. STMSC: §38

A presença [Dasein] se precipita de si mesma para si mesma na falta de solidez e na nulidade de uma COTIDIANIDADE imprópria. STMSC: §38

Será que a presença [Dasein] pode ser compreendida como no ente em cujo ser está em jogo o poder-ser, se justamente em sua COTIDIANIDADE a presença [Dasein] se perdeu a si mesma e, na decadência, “vive” fora de si mesma? STMSC: §38

Em sua estrutura existencial, ela é apenas uma apreensão modificada da COTIDIANIDADE. STMSC: §38

Ela determina tão pouco o lado noturno e soturno da presença [Dasein] que chega até mesmo a constituir todos os seus dias em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §38

Pode-se, portanto, determinar a COTIDIANIDADE mediana da presença [Dasein] como ser-no-mundo aberto na decadência que, lançado, projeta-se e que, em seu ser junto ao “mundo” e em seu ser-com os outros, está em jogo o seu poder-ser mais próprio. STMSC: §39

Será possível apreender esse todo estrutural da COTIDIANIDADE da presença [Dasein] em sua totalidade? STMSC: §39

Esse caráter do ser-em tornou-se a seguir visível, de modo ainda mais concreto, através do público na sua impessoalidade cotidiana, que instala na COTIDIANIDADE mediana da presença [Dasein] a certeza tranquila de si mesma e o “sentir-se em casa”. STMSC: §40

Do ponto de vista fenomenal, porém, a COTIDIANIDADE dessa fuga mostra que, enquanto disposição fundamental, a angústia pertence à constituição essencial da presença [Dasein] como ser-no-mundo. STMSC: §40

A COTIDIANIDADE mediana da ocupação torna-se cega para as possibilidades e se tranquiliza com o que é apenas “real”. STMSC: §41

Tomando como ponto de partida a COTIDIANIDADE mediana, a interpretação limitou-se à análise da existência indiferente e imprópria. STMSC: §45

Quando e como a análise existencial, que parte da COTIDIANIDADE, forçou toda a presença [Dasein] – esse ente do seu “princípio” ao seu “fim” – a entrar na visão fenomenológica propiciadora do tema? STMSC: §45

A COTIDIANIDADE é justamente o ser “entre” nascimento e morte. STMSC: §45

A COTIDIANIDADE desvela-se como modo da temporalidade. STMSC: §45

A investigação a se realizar nessa seção atravessa os seguintes estágios: o possível ser-todo da presença [Dasein] e o ser-para-a-morte (capítulo I); o testemunho, segundo o modo de ser da presença [Dasein], de um poder-ser em sentido próprio e a decisão (capítulo II); o poder-ser todo em sentido próprio da presença [Dasein] e a temporalidade como sentido ontológico da cura (capítulo III); temporalidade e COTIDIANIDADE (capítulo IV); temporalidade e historicidade (capítulo V); temporalidade e intratemporalidade como origem do conceito vulgar de tempo (capítulo VI). STMSC: §45

As investigações referidas a essas questões articulam-se da seguinte maneira: a possibilidade de se experimentar a morte dos outros e de se apreender toda a presença [Dasein] (§47); o pendente, o fim e a totalidade (§48); a delimitação da análise existencial da morte frente a outras interpretações possíveis do fenômeno (§49); prelineamento da estrutura ontológico-existencial da morte (§50); o ser-para-a-morte e a COTIDIANIDADE da presença [Dasein] (§51); o ser-para-o-fim cotidiano e o pleno conceito existencial da morte (§52); o projeto existencial de um ser-para-a-morte em sentido próprio (§53). STMSC: §46

Na COTIDIANIDADE da ocupação, faz-se um uso múltiplo e constante desse tipo de substituição. STMSC: §47

Somente uma caracterização ontológica prévia do modo de ser em que o “fim” se instala na COTIDIANIDADE mediana da presença [Dasein] é que pode guiar esse arbítrio. STMSC: §49

Para isso, é necessário representar, integralmente, as estruturas da COTIDIANIDADE, antes expostas. STMSC: §49

Pertencendo originária e essencialmente ao ser da presença [Dasein], o ser-para-a-morte deve também ser comprovado na COTIDIANIDADE embora numa primeira aproximação, de maneira imprópria. STMSC: §50

A proposição deve fazer- se visível, sobretudo na concreção mais imediata da presença [Dasein], a saber, em sua COTIDIANIDADE. STMSC: §50

O ser-para-a-morte e a COTIDIANIDADE da presença [Dasein] A exposição do ser-para-a-morte mediano na vida cotidiana orienta-se pelas estruturas da COTIDIANIDADE já explicitadas. STMSC: §51

Entretanto, o próprio da COTIDIANIDADE é o impessoal, constituído na interpretação pública expressa na falação. STMSC: §51

Como tal, ela permanece na não-surpresa característica de tudo aquilo que vem ao encontro na COTIDIANIDADE. STMSC: §51

Escapar da morte, encobrindo-a, domina, com tamanha teimosia, a COTIDIANIDADE que, na convivência, os “mais próximos” frequentemente ainda convencem quem “está à morte” de que ele haverá de escapar da morte e, assim, retornar à COTIDIANIDADE tranquila de seu mundo de ocupações. STMSC: §51

com a fuga decadente da morte, porém, a COTIDIANIDADE da presença [Dasein] também atesta que o próprio impessoal, mesmo quando não está explicitamente “pensando na morte”, já está sempre se determinando como ser-para-a-morte. STMSC: §51

Também na COTIDIANIDADE mediana, o que está em jogo na presença [Dasein] é este poder-se mais próprio, irremissível e insuperável, conquanto seja apenas no modo da ocupação de uma indiferença imperturbável frente à possibilidade mais extrema de sua existência. STMSC: §51

Além dessa caracterização aparentemente vazia do ser-para-a-morte, desvelou-se a concreção desse ser no modo da COTIDIANIDADE. STMSC: §52

Conforme a tendência essencial de decadência da COTIDIANIDADE, o ser-para-a-morte mostrou-se como escape encobridor da morte. STMSC: §52

Nesse “também um dia mas por ora ainda não”, a COTIDIANIDADE assevera uma espécie de certeza da morte. STMSC: §52

A COTIDIANIDADE pára no momento em que admite ambiguamente a “certeza” da morte a fim de enfraquecê-la e aliviar o estar-lançado na morte, encobrindo ainda mais o morrer. STMSC: §52

Nessa determinação “crítica” da certeza da morte e de seu caráter impendente, revela-se numa primeira aproximação mais uma vez o seu desconhecimento a respeito do ser da presença [Dasein], característico da COTIDIANIDADE e do ser-para-a-morte que lhe pertence. STMSC: §52

Esse “outro” esconde-se, na maior parte das vezes, na COTIDIANIDADE. STMSC: §52

com a disposição cotidiana caracterizada por um empenho “angustiado” nas ocupações e aparentemente sem angústia frente ao “fato” certo da morte, a COTIDIANIDADE admite uma certeza “superior” àquela meramente empírica. STMSC: §52

A COTIDIANIDADE decadente da presença [Dasein] conhece a certeza da morte mas escapa do estar-certo. STMSC: §52

A COTIDIANIDADE força a importunidade da ocupação e se prende a um “pensar na morte” cansado e ineficaz. STMSC: §52

Contudo, somente a compreensão desse “poder” é que desvela que ela está de fato perdida na COTIDIANIDADE do impessoalmente-si-mesmo. STMSC: §53

O apelo alcança a presença [Dasein] nesse movimento de sempre já se ter compreendido na COTIDIANIDADE mediana das ocupações. STMSC: §56

Quem apela também não é familiar ao impessoalmente-si-mesmo da COTIDIANIDADE é algo como uma voz estranha. STMSC: §57

A COTIDIANIDADE toma a presença [Dasein] como algo à mão de que se ocupa, ou seja, que pode ser gerenciado e calculado. STMSC: §59

A partir de onde os passos da análise da COTIDIANIDADE imprópria retiram suas regras a não ser da suposição de um conceito de existência? STMSC: §63

Orientando-se por essa ideia, realizou-se a análise preparatória da COTIDIANIDADE mais imediata, chegando-se a uma primeira delimitação conceituai da cura. STMSC: §63

Já na caracterização preparatória da COTIDIANIDADE, a presente analítica deparou-se com a questão do quem da presença [Dasein]. STMSC: §64

Chamamos de COTIDIANIDADE o modo de ser mediano da presença [Dasein] no qual, numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, ela se mantém. STMSC: §66

Mediante a retomada da análise anterior, a COTIDIANIDADE deve desvelar o seu sentido temporal para, com isso, deixar vir à luz a problemática abrigada na temporalidade e fazer desaparecer por completo a aparente “evidência” das análises preparatórias. STMSC: §66

A interpretação temporal da COTIDIANIDADE e da historicidade prende suficientemente a visão ao tempo originário e o faz de tal maneira que o descobre como condição de possibilidade e necessidade da experiência cotidiana do tempo. STMSC: §66

Só a elaboração da temporalidade da presença [Dasein] enquanto COTIDIANIDADE, historicidade e intratemporalidade proporciona a visão plena das implicações de uma ontologia originária da presença [Dasein]. STMSC: §66

Além disso, conduz à questão de como se deve compreender o caráter temporal da COTIDIANIDADE, o sentido temporal da expressão – “numa primeira aproximação e na maior parte das vezes”, aqui constantemente utilizada. STMSC: §67

O presente capítulo obedece, pois, à seguinte estrutura: a temporalidade da abertura em geral (§68); a temporalidade do ser-no-mundo e o problema da transcendência (§69); a temporalidade da espacialidade inerente à presença [Dasein] (§70); o sentido temporal da COTIDIANIDADE da presença [Dasein] (§71). STMSC: §67

O sentido temporal da COTIDIANIDADE da presença [Dasein] A análise da temporalidade da ocupação mostrou que as estruturas essenciais da constituição ontológica da presença [Dasein], antes interpretadas com o propósito de conduzir à temporalidade, devem ser reassumidas existencialmente na temporalidade. STMSC: §71

Chamamos de COTIDIANIDADE o modo de ser em que a presença [Dasein], numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, se mantém. STMSC: §71

Também no começo da investigação não se apresentava um caminho para se problematizar o sentido ontológico-existencial da COTIDIANIDADE. STMSC: §71

Pode ainda restar alguma dúvida acerca do significado existencial e temporal da “COTIDIANIDADE”? STMSC: §71

É até mesmo questionável se a explicação até agora desenvolvida da temporalidade é suficiente para delimitar o sentido existencial da COTIDIANIDADE. STMSC: §71

É manifesto, porém, que COTIDIANIDADE se refere ao modo de existência em que a presença [Dasein] se mantém “todos os dias”. STMSC: §71

Primariamente, porém, a expressão COTIDIANIDADE indica um determinado como da existência que domina a presença [Dasein] em seu “tempo de vida”. STMSC: §71

Numa primeira aproximação” significa o modo em que a presença [Dasein] “se torna manifesta” na convivência do público, mesmo que, existenciariamente, ela tenha “no fundo” superado a COTIDIANIDADE. “ STMSC: §71

A COTIDIANIDADE significa o modo como a presença [Dasein] “vive o seu dia”, quer em todos os seus comportamentos, quer em certos comportamentos privilegiados pela convivência. STMSC: §71

A monotonia da COTIDIANIDADE considera como mudança justamente aquilo que o dia traz. STMSC: §71

A COTIDIANIDADE determina a presença [Dasein], mesmo quando ela não escolheu para “herói” o impessoal. STMSC: §71

Todavia, esses múltiplos carateres da COTIDIANIDADE não caracterizam, de forma alguma, um mero “aspecto” da presença [Dasein], quando se “olha impessoalmente” para o fazer e o empreender do homem. STMSC: §71

A COTIDIANIDADE é um modo de ser ao qual pertence, sem dúvida, a manifestação pública. STMSC: §71

Mas enquanto modo de existir próprio, a COTIDIANIDADE é também mais ou menos conhecida de cada presença [Dasein] “singular”, através da disposição de uma ausência morna de humor. STMSC: §71

Na COTIDIANIDADE, a presença [Dasein] pode “sofrer” de estupidez, pode mergulhar na sua estupidez ou dela escapar, buscando uma nova dispersão para fazer frente à dispersão nos negócios e tarefas. STMSC: §71

Mas será que após a presente interpretação da temporalidade nós nos encontramos em condições de rever, com maior sucesso, a delimitação existencial da estrutura da COTIDIANIDADE? STMSC: §71

A orientação só se tornará suficientemente abrangente para que se possa problematizar o sentido ontológico da COTIDIANIDADE como tal, no momento em que a interpretação da temporalidade da presença [Dasein] incluir o “acontecimento” cotidiano da presença [Dasein] e a ocupação de contar com o “tempo”, inerente a esse acontecer. STMSC: §71

Mas, no fundo, o termo COTIDIANIDADE nada mais pretende indicar do que a temporalidade que possibilita o ser da presença [Dasein]. STMSC: §71

É, portanto, somente no âmbito da discussão de princípio do sentido do ser em geral e de suas possíveis derivações que se poderá conceituar, de forma suficiente, a COTIDIANIDADE. STMSC: §71

Embora não tenhamos visto até agora nenhuma possibilidade de um ponto de partida mais radical para a analítica existencial, levanta-se uma dúvida sobre o sentido ontológico da COTIDIANIDADE na discussão precedente: Será que, no que diz respeito ao seu ser-todo em sentido próprio, toda a presença [Dasein] foi de fato levada à posição prévia da analítica existencial? STMSC: §72

O horizonte mais imediato, representado pela COTIDIANIDADE na analítica existencial da presença [Dasein], elucida-se, agora, como historicidade imprópria da presença [Dasein]. STMSC: §72

A fala mais trivial, pronunciada distraidamente na COTIDIANIDADE como, por exemplo, “está frio” refere-se a um “agora em que...” STMSC: §79

Submitted on:  Thu, 26-Aug-2021, 17:45