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modo

Definition:
(gr. tropos; lat. modus; in. Mode; fr. Mode, al. Modus; it. Modo).

Com este termo foram designadas:

1) As diversas formas do ser predicativo (v. modalidade).

2) As determinações não necessárias (ou não incluídas na definição de uma coisa). O modo já era entendido pela lógica medieval nesse sentido (cf., p. ex., Pedro Hispano, Summ. log., 1.28). Foi retomado por Descartes, que entendeu por modo as qualidades secundárias mutáveis das substâncias e as contrapôs aos atributos, que constituem as qualidades permanentes ou necessárias. Descartes diz: "Já que não devo conceber em Deus variedade ou mudança alguma, digo que nele não há modos ou qualidades, mas atributos; também nas coisas criadas, o que nelas encontra sempre constante, como a existência e a duração da coisa que existe e dura, chamo de atributo, e não modo ou qualidade" (Princ. phil., I, 56). Esse conceito foi repetido por Spinoza (Et., I, def. 5) e por Wolff, que diz: "O que não repugna às determinações essenciais, mas não é determinado por elas, chama-se modo" (Ont., § 148). Por outro lado, a Lógica de Port-Royal não distinguia o modo do atributo ou da qualidade, definindo-o como "aquilo que, sendo concebido na coisa de tal forma que não pode subsistir sem ela, determina-a a ser de certa maneira e a ser denominada correspondentemente" (I, 2). Dessa definição, Locke aceitava a afirmação de que o modo não pode subsistir independentemente da substância e, assim, definia modo como "as ideias complexas que, embora compostas, não contêm em si a suposição de subsistirem por si próprias, mas são consideradas dependências ou afecções das substâncias, tal como são as expressas pelas palavras ‘triângulo’, ‘gratidão’, ‘homicídio’, etc." (Ensaio, II, 12, 4).

Faz parte desse mesmo conceito o significado que Spinoza atribui ao termo, entendendo-o como "aquilo que está em outra coisa e cujo conceito se forma por meio dessa outra coisa" (Et., I, 8, scol. 2). No entanto, segundo Spinoza, o modo deriva necessariamente da natureza divina e portanto se distingue do atributo pela sua particularidade, e não pela ausência de necessidade: modos são as coisas e os pensamentos particulares que expressam os atributos de Deus, pensamento e extensão (Ibid., I, 25 scol.; II, 1).

3) Formas, espécies, aspectos, determinações particulares de um objeto qualquer. Esse significado é o mais geral e comum, sendo também o menos preciso.

4) Especificação das figuras do silogismo, segundo a qualidade e a quantidade das premissas (v. figura; silogismo). [Abbagnano]


Do ponto de vista metafísico, falou-se de modos comuns, equiparados ao transcendentais, modos metafísicos em geral e modos de ser (metafísicos, físicos, etc). Do ponto de vista metafísico os modos são modos reais. Os modos reais são afecções entitativas que não têm consistência própria independente de outra entidade. A sua realidade ontológica mais débil que a dos acidentes. Mas são importantes, porque permitem estabelecer - mediante a distinção dita modal - distinções entre uma entidade e algumas das suas modificações reais. Os modos reais podem ser de várias espécies. modos substanciais, modos acidentais, modos de inerência, etc. Alguns dos mais importantes filósofos modernos deram grande atenção ao problema dos modos reais. Assim, por exemplo, Descartes chamou modos aos atributos ou qualidades da substância. Por vezes, como nos PRINCÍPIOS, estabeleceu uma distinção entre modos, atributos e qualidades. “quando considero - escreve Descartes - que a substância está disposta ou diversificada de outra forma por eles, sirvo-me particularmente do termo modo; quando esta variação permite que se lhe chame assim, chamo-lhe qualidade; quando penso que estas qualidades ou modos são substancialmente sem as considerar noutro modo que não seja dependente dela, chamo-lhe atributo”. Os atributos são modos fundamentais (como a extensão dos corpos) ou simples qualidades (como a figura dos corpos). Em suma, os modos são modificações do atributo fundamental, mas de tal modo que cada substância individual é um modo desse atributo. Por isso, Descartes chama modos da extensão e modos do pensamento às coisas extensas e pensantes, com o que o modo constitui, por assim dizer, a individualidade da substância. Espinosa chamava modos às afecções da substância ou seja àquilo que é noutro e pelo qual se concebe.

Locke entendeu os modos como uma variedade daquilo a que chamava ideias complexas, juntamente com as substâncias e as relações. “Chamo modos - escreve ele - às ideias complexas quem, independentemente do modo como são compostas, não contêm nelas a suposição de subsistir por si mesmas, mas são consideradas como dependências ou afecções de substâncias - tal como as ideias significadas pelos vocábulos triângulo, gratidão, etc.” Os modos, no sentido de Locke, são maneiras de designar ideias de qualidade, independentemente das substâncias às quais aderem ou podem aderir. Segundo Locke, há dois tipos de modos: 1) modos simples, com variações ou combinações de uma mesma ideia simples (como uma dúzia); 2) modos mistos ou compostos de ideias simples de várias espécies que se juntaram para fazer uma ideia complexa (como a beleza, que consiste numa certa combinação de cor, figura, etc, que causa prazer). A doutrina dos modos de Locke, que é como uma teoria dos objetos e das representações, exerceu grande influência, pelo menos na medida que até autores hostis ao seu pensamento adotaram a sua terminologia.

Aquilo a que pode chamar-se doutrina dos modos teve escassa ressonância a partir de fins do século dezoito.

O modo, do ponto de vista lógico, é tratado na doutrina do silogismo. [Ferrater]

Submitted on 06.10.2010 11:41
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