Search
Who is Online
18 user(s) are online (18 user(s) are browsing Léxico Filosofia)

Members: 0
Guests: 18

more...
Novos Termos
Termos Populares
Home Léxico Filosofia  Léxico Filosofia M  M mediação mediação
Léxico Filosofia

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

mediação

Definition:
(in. Mediation; fr. Médiation; al. Vermittelung; it. Mediazionè).

Função que relaciona dois termos ou dois objetos em geral. Essa função foi identificada: 1) no termo médio no silogismo; 2) nas provas na demonstração; 3) na reflexão; 4) nos demônios na religião.

1) Segundo Aristóteles, o silogismo é determinado pela função mediadora do termo médio, que contém um termo e é contido pelo outro termo (An. pr., I, 4, 25 b 35) (v. silogismo).

2) Segundo a Lógica de Port-Royal, a mediação é indispensável em qualquer raciocínio. "Quando apenas a consideração de duas ideias não é suficiente para se julgar se o que se deve fazer é afirmar ou negar uma ideia com a outra, é preciso recorrer a uma terceira ideia, simples ou complexa, e esta terceira ideia chama-se intermediária" (Arnauld, Log., III, 1). Locke dizia: "As ideias intermediárias, que servem para demonstrar a concordância entre outras duas, são chamadas de provas; quando, com esse meio, percebe-se com clareza ou evidência a concordância ou discordância, elas são chamadas de demonstração" (Ensaio, IV, 2, 3). No mesmo sentido D’Alembert afirmava: "Toda a lógica se reduz a uma regra muito simples: para confrontar dois ou mais objetos distantes uns dos outros utilizamos objetos intermediários. O mesmo acontece quando queremos confrontar duas ou mais ideias; a arte do raciocínio nada mais é que o desenvolvimento desse princípio e as consequências dele resultantes" (OEuvres, ed. Condorcet, 1853, p. 224).

3) Segundo Hegel, a mediação é a reflexão em geral (Werke, ed. Glockner, II, p. 25; IV, p. 553, etc): "Um conteúdo pode ser conhecido como verdade só quando não é mediado por outro, quando não é finito, quando, portanto, medeia-se consigo mesmo, sendo, assim, o todo em um, mediação e relação imediata consigo mesmo." Em outras palavras, a reflexão exclui não só a imediação, que é a intuição abstrata, o saber imediato, mas também a "relação abstrata", a mediação de um conceito com um conceito diferente (as provas de Locke), que Hegel considera típica (e com razão) do século do Iluminismo (Enc., § 74).

4) Na Antiguidade, aos demônios cabia uma função mediadora entre os deuses e os homens. O Demiurgo de Platão encarrega as divindades inferiores ou demônios de criar as gerações mortais e completar a obra da criação (Tim., 41 a-c). Plotino diz que os demônios são eternos, em relação a nós, servindo de "intermediários entre os deuses e nossa espécie" (Enn., III, 5, 6). Mitra era concebido como mediador, mais precisamente como mediador entre a divindade inatingível das esferas etéreas e o gênero humano (Cumont, The Mysteries of Mithra, pp. 127 ss.). Enfim, segundo a doutrina cristã, "somente a Cristo compete ser mediador de modo simples e perfeito", enquanto anjos e sacerdotes são instrumentos de mediação (Tomás de Aquino, 5. Th., III, q. 26 a 1). [Abbagnano]


Intermediário. — O problema da mediação foi identificado, a partir de Hegel, ao problema da história ou da dialética. Essa dialética é para Hegel — que fez a teoria do devir de nosso pensamento — a da intuição que tem o espírito de sua atividade, ou "intuição intelectual". Entre o homem e o mundo, a mediação é, segundo Marx, o trabalho, e apenas uma dialética do trabalho pode explicar a natureza da ação humana. A noção de mediação toma então o sentido de "devir". (V. dialética). [Larousse]


O conceito de mediação foi usado, explícita ou implicitamente, por vários filósofos antigos quando tiveram necessidade de encontrar um modo de relacionar dois elementos distintos. Neste sentido, a mediação foi entendida como a atividade própria de um agente mediador que era, ao mesmo tempo, uma realidade intermédio.. A noção de mediação desempenha um papel importante na lógica clássica e especialmente na aristotélica. O chamadotermo médio” no silogismo exerce uma função mediadora no raciocínio, porquanto torna possível a conclusão a partir da premissa. Em geral, a mediação num raciocínio é o que torna possível esse raciocínio; com efeito, num processo discursivo, quer dedutivo, quer indutivo, são necessários termos ou juízos que medeiem entre o ponto de partida e a conclusão.

A ideia de mediação tem importância no pensamento de Hegel, que estabeleceu uma clara diferença entre o conhecimento imediato e o conhecimento mediato. Hegel concebe este último tipo de conhecimento em relação com a sua ideia da reflexão. Tal como a luz é reflectida por um espelho e volta à sua fonte, o pensamento também é reflectido ao ricochete sobre a realidade ou as coisas na sua imediato.. Converte-se então em saber mediato ou reflexivo. Neste sentido, o saber mediato é superior ao mediato. Mas, noutro sentido, o saber mediato é superior ao imediato, embora então a imediatez de que se trata não seja já a das coisas na sua conexão racional com o todo. Por isso, em Hegel, aquilo a que se pode chamar imediatez superior não é possível sem a mediatez, isto é, sem mediação. A mediação, entendida metafisicamente, resulta de uma ideia da realidade como processo dialéctico racionalmente articulável e explicável. [Ferrater]

Submitted on 25.09.2010 19:48
This entry has been seen individually 1774 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ

Powered by XOOPS © 2001-2012 The XOOPS Project