Search
Who is Online
31 user(s) are online (31 user(s) are browsing Léxico Filosofia)

Members: 0
Guests: 31

more...
Novos Termos
Termos Populares
Home Léxico Filosofia  Léxico Filosofia G  G geral geral
Léxico Filosofia

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

geral

Definition:
(in. General; fr. General; al. Gemeingültig; it. Generale).

Essa palavra foi introduzida no uso moderno pelo empirismo inglês que, por meio dela, designou o resultado de uma operação de abstração; por isso, é algo diferente de universal, interpretado como natureza originária ou forma substancial. "As palavras", diz Locke, "tornam-se geral pelo fato de fazermos delas signos de ideias geral; e as ideias tornam-se geral quando delas são afastadas as circunstâncias de tempo e de lugar, bem como de qualquer outra ideia que possa determiná-las no sentido desta ou daquela existência particular. Com esse meio da abstração, elas adquirem a capacidade de representar mais indivíduos, cada um dos quais, tendo em si conformidade com aquela ideia abstrata, é (como dizemos) daquela espécie" (Ensaio, III, 3, § 6). A ideia é geral, então, quando é o resultado da abstração; a generalidade é obra do intelecto, embora a ela corresponda a semelhança das coisas naturais. Como não existem naturezas ou formas universais, o universal reduz-se ao geral, e às vezes Locke emprega os dois termos como sinônimos (Ibid., III, 3, § 11). Esse termo era aceito com este sentido por Berkeley (Principles of Knowledge, Intr., § 12) e por Hume (Treatise, I, 1,7). Leibniz aceitava essa palavra e seu conceito, apesar de afirmar que desse conceito não derivava a negação das essências universais. Dizia: "A generalidade consiste na semelhança das coisas individuais entre si, e essa semelhança é uma realidade" (Nouv. ess., III, 3, 11). Stuart Mill aceitava essa terminologia, distinguindo substantivos individuais ou singulares e substantivos geral: estes últimos possibilitariam afirmar proposições geral, ou seja, "afirmar ou negar alguns predicados de um número indefinido de coisas ao mesmo tempo" (Logic, I, 2, § 3). Essa significação não prevaleceu na lógica contemporânea, que considera singular o termo cuja conotação impede sua aplicação a mais de uma coisa real, sendo geral o termo que não é singular nesse sentido. Lewis diz: "Saber se um termo concreto é singular ou geral é questão de conotação, não de denotação, ainda que um termo singular não possa denotar mais de uma coisa. ‘O objeto vermelho da minha mesa’ é um termo singular, e ‘Objeto vermelho sobre minha mesa’ é um termo geral, independentemente dos objetos vermelhos que se encontram em cima da minha mesa" (Analysis of Knowledge and Valuation, p. 45). Nesse sentido, o geral nada tem a ver com o universal: este é obtido com o uso do operador todos e refere-se à denotação, não à conotação de um termo. Por conseguinte, proposição geral é a que se chama função proposicional, na qual o sujeito fica indeterminado. Dewey também insistiu na diferença entre geral e universal, negando que a proposição "se humano, então mortal" seja equivalente à proposição "todo homem é mortal". "São coisas radicalmente diferentes", disse Dewey, "formular proposições sobre traços ou características que descrevem uma espécie fazendo abstração de cada exemplar da espécie e formular proposições abstratas sobre abstrações" (Logic, XIX, § 2; trad. it., p. 497-98). [Abbagnano]

O termo geral é usado em lógica, e amiúde também em epistemologia e em metodologia em dois sentidos:

1) Diz-se de um conceito que é geral quando se aplica a todos os indivíduos de uma dada espécie; por exemplo, o conceito homem é um conceito geral. Neste caso, o conceito geral distingue-se do conceito coletivo, que se aplica a um grupo de indivíduos enquanto grupo, mas não aos indivíduos componentes, por exemplo, o conceito de rebanho. O conceito geral opõe-se a um conceito menos geral ou menos universal, mas nunca a um conceito particular. Por exemplo o conceito de homem é mais geral que o conceito de europeu e o conceito de europeu é mais particular que o conceito de homem.

2) Diz-se de um juízo que é geral quando se refere a um número finito ou a um número indefinido de indivíduos. s vezes confunde-se o juízo geral com o juízo colectivo; no entanto, o juízo colectivo como tal fundamenta-se nos juízos singulares que totaliza, ao passo que o juízo total não procede por totalização, mas sim por generalização de juízos particulares. Tão pouco deve identificar-se o juízo geral com o juízo universal, porque enquanto se pode dizer “é um juízo muito geral”, não se pode dizer “é um juízo muito universal”. O emprego de geral aplicado ao juízo fundamenta-se na imprecisão da sua significação, e por isso alguns autores recomendam que quando se fala de um juízo ou de uma proposição se deve empregar, conforme os casos, universal ou genérico em vez de geral. [Ferrater]

Submitted on 22.06.2010 18:11
This entry has been seen individually 3907 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ

Powered by XOOPS © 2001-2012 The XOOPS Project