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atributo

Definition:
(lat. Attributum; in. Attribute; fr. Attribut; al. Attribut; it. Attributó).

O termo latino corresponde, provavelmente, ao que Aristóteles chamava de "acidente por si" (An. post., I, 22, 83 b 19; Met., V, 30,1.025 a 30): indica um caráter ou uma determinação que, embora não pertença à substância do objeto, como decorre da definição, tem causa nessa substância, (v. acidente). Na escolástica, esse termo foi usado quase exclusivamente para indicar os atributo de Deus, como bondade, onipotência, justiça, infinitude, etc, que também são chamados nomes de Deus (cf. Tomás de Aquino, S. Th., I, q. 33). Esse uso terminológico foi modificado por Descartes com a extensão do termo às qualidades permanentes da substância finita. Com efeito, Descartes entende por atributo as qualidades que "inerem à substância". Por isso, "em Deus dizemos que não há propriamente modos ou qualidades, mas somente atributo, porque nenhuma variação se deve conceber n’Ele. E mesmo nas coisas criadas, o que nelas não se comporta nunca de modo diferente, como a existência e a duração, não deve ser, na coisa que existe e dura, chamada qualidade ou modo, mas atributo." (Princ. phil., I, § 56). Essa terminologia foi totalmente adotada por Spinoza, com a única correção de que, desde que não existem substâncias finitas, os atributos podem ser somente de Deus. "Por atributo, entendo o que o intelecto percebe da substância como constituindo a essência dela" (Et., I, 4). Deus ou a substância consta de infinitos atributo, cada um dos quais exprime a sua essência infinita e eterna e por isso existe a sua essência infinita e eterna e por isso existe necessariamente (ibid., I, 11): de tais atributo infinitos, porém, conhecemos só dois, quais sejam, o pensamento e a extensão (ibid., II, 1-2). Por sua imutabilidade e conexão com a substância divina, os atributos são, por sua vez, eternos e infinitos e é por seu intermédio que os seres finitos (os modos da substância) se originam de Deus com absoluta necessidade (ibid., I, 21-23).

Na filosofia moderna e contemporânea, a palavra atributo é usada raramente, salvo no seu significado lógico-gramatical de predicado. [Abbagnano]


a) Na Lógica, há um uso mui generalizado desta palavra, que a faz sinônimo de predicado. Atributo significa, então, um caráter qualquer de um sujeito, enquanto lhe é afirmado ou negado. O atributo, porém, em uma proposição afirmativa, não é considerado necessariamente como inerente em toda a sua extensão ao sujeito. Quando dizemos, pois, que uma árvore é grande, o atributo da grandeza não se esgota nessa árvore, porque há outras coisas, que não são a árvore e também são grandes. O atributo que, neste sentido, também é chamado «atributo dialético», subdivide-se, não pelo modo da atribuição, mas segundo o conteúdo objetivo, nas cinco universais: gênero, espécie, diferença específica, próprio e acidente, como foram, segundo número e ordem, estabelecidos por Porfírio, e adotados pela escolástica. Vide predicamentos e antepredicamentos.

b) Na Lógica moderna é costume, fazer uma distinção entre atributo e predicado, de maneira que um atributo deve ser ligado ao sujeito pela cópula «é» (ou um termo equivalente), ao passo que um predicado é tudo o que se afirma de um sujeito. Assim, em «água corre», o «corre» é predicado, e não atributo.

c) Em um sentido mais restrito, chama-se, também, de atributo qualquer propriedade característica e distintiva de uma coisa. Esse emprego tem a sua raiz na terminologia filosófica do século XVII, que aplica a palavra à substância.

d) Espinoza define o atributo como o que o intelecto percebe da substância como constituinte da sua essência. O sentido espinozista da palavra, entretanto, não é perfeitamente claro. J. Erdman o interpreta como «as formas, sob as quais a capacidade limitada do espírito finito é compelida a considerar a substância infinita (Vide abaixo atributo de Deus).

e) Descartes traça o seguinte sentido metafísico. «Quando penso da maneira mais geral que estes modos, qualidades, residem na substância, sem considerá-los de outro modo do que como dependências dessa substância, chamo-os atributos.»

f) Os atributos de Deus são geralmente ventilados em um tratado próprio da Teologia sistemática, tomando, então, o termo o sentido bem delineado de qualidades da natureza de Deus, que se deduzem, necessariamente, do próprio conceito de Deus.

Essa condição da necessidade não lógica, mas metafísica, e em todo caso, racional, não implica nenhum elemento subjetivo. Uma das questões principais foi sempre a de reconciliar a unidade da natureza divina com a diversidade e pluralidade dos atributos. É interessante notar que tal análise da natureza divina apresenta, comumente, ao lado de brilhantes aspectos intelectuais, uma relativa pobreza de aspectos éticos. Em certos sistemas filosóficos, de pronunciada cunhagem individual, como o de Espinoza, a significação dos atributos de Deus e de sua importância para o mundo visível muitas vezes toma outros rumos. [MFSDIC]


Usualmente, tem um significado lógico e define - se como aquilo que se afirma ou nega do sujeito; neste sentido, confunde-se por vezes com o predicado. Por vezes também se usa o termo “atributo” para o distinguir do predicado lógico; neste caso, o atributo é um caráter ou qualidade da substância.

Segundo Aristóteles, há certos acidentes que, sem pertencerem à essência do sujeito, estão fundados nessa essência; por exemplo, o fato de um triângulo ter os seus três ângulos iguais a dois ângulos retos (Metafísica). Este tipo de “acidente essencial” pode chamar-se atributo.

Entre os escolásticos, o termo “atributo” usava-se, primeiramente, para se referir aos atributos de Deus. Na ordem metafísica, definia-se o atributo como a propriedade necessária à essência da coisa e estabelecia-se deste modo algo como uma equiparação entre a essência e os atributos . Na verdade, o que acontecia é que nas coisas criadas havia, efetivamente, distinção real entre essência e atributos. Mas, na realidade divina, não havia essa distinção real entre atributos e essência. Outro foi o uso inaugurado por Descartes e continuado por Espinosa.. Descartes assinala (Os Princípios da Filosofia) que o atributo é algo inamovível e inseparável da essência do seu sujeito, opondo-se então o atributo ao modo. O atributo, sustenta Espinosa, é “aquilo que o entendimento conhece da substância como constituinte da sua essência” (Ética). Em contrapartida, o modo é o caráter acidental e constitui as diferentes formas em que se manifestam as formas extensas e pensantes como individualidades que devem o seu ser à extensão e ao pensamento, isto é, aos atributos da substância. Extensão e pensamento são, pois, atributos e caracteres essenciais da realidade. Para Espinosa, a substância infinita compreende um número infinito de atributos, dos quais o entendimento só conhece os citados. Os modos são, em contrapartida, as limitações dos atributos, as afecções da substância. [Ferrater]

Submitted on 07.01.2010 11:22
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