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Category:
Heidegger - Ser e Tempo etc.
método
Definition:Methode
A ciência se converte em investigação em virtude do projeto e ao asseguramento do mesmo no rigor do proceder antecipador. Todavia, projeto e rigor somente se desdobram e convertem no que são no método. Este determina o segundo caráter essencial para a investigação. A fim de que o setor projetado se torne objetivo há que impeli-lo a sair ao encontro de todas as multiplicidades em todos os seus níveis e imbricações. Por isso, o proceder antecipador deve ter a visão livre para a variedade do que se encontra. A plenitude do particular e dos fatos somente se mostra no horizonte da constante renovação da transformação. Os fatos, porém, devem tornar-se objetivos, por isso o proceder antecipador deve representar o variável em sua transformação, conseguir fixa-lo, deixando ao mesmo tempo que o movimento seja um movimento. A fixação dos fatos e a constância de sua variação como tal, é a regra. O constante da transformação na necessidade de seu transcurso é a lei. Somente no horizonte de regra e lei adquirem clareza os fatos como os fatos que são. A investigação de fatos no âmbito da natureza é, em si, exposição e preservação de regras e leis. O método pelo qual um setor de objetos chega à presentação tem o caráter de uma clarificação a partir do claro, de um esclarecimento. Este esclarecimento tem sempre dois lados: fundamenta algo desconhecido por meio de algo conhecido e, ao mesmo tempo, garante este conhecido por meio deste desconhecido. O esclarecimento se leva a termo na inquirição ou exame. Nas ciências da natureza isto tem lugar segundo o tipo de campo de exame e a intenção do esclarecimento por meio do experimento. Todavia, não é que as ciências da natureza se convertam em investigação graças ao experimento, mas é precisamente o experimento que somente é possível, única e exclusivamente, onde o conhecimento da natureza se converteu em investigação. A física moderna pode ser experimental em virtude do fato de ser essencialmente uma física matemática. [DZW]
As ciências [Wissenschaften] conhecem o caminho para o saber [Wissen] como o sentido da palavra método. Mesmo na ciência moderna, o método não é um mero instrumento a serviço da ciência. Pelo contrário. O método é que põe as ciências a seu serviço. Nietzsche foi o primeiro a reconhecer em todas as suas implicações essa situação da ciência moderna, nos apontamentos publicados sob os números 466 e 469 da Vontade de Poder [Willen zur Macht]. O primeiro diz: "O que caracteriza o século XIX não é a vitória da ciência, mas a vitória do método científico sobre a ciência [Wissenschaft]".
O segundo começa com a frase: "As visões de maior valor são sempre descobertas por último: mas as visões de maior valor são os métodos".
Também Nietzsche encontrou essa visão sobre a relação entre método e ciência por último, a saber, no último ano de sua vida com saúde, em 1888, na cidade de Turim.
Nas ciências, o método não apenas propõe o tema [Thema] como o impõe e subordina. A corrida vertiginosa que impulsiona atualmente as ciências sem que nem elas mesmas saibam para onde estão indo, provém do incitamento do método e de suas possibilidades, cada vez mais entregues à técnica [Technik]. É no método que reside todo poder e violência do saber. O tema pertence ao método. [GA12]
Porque a ciência moderna é uma teoria neste sentido [de teoria do real], adquire importância decisiva em toda a sua observação o modo de tratar da ciência, ou seja, a maneira de ela proceder, em suas pesquisas, com vistas ao asseguramento processador, numa palavra, o seu método. [GA7]
A ciência se converte em investigação em virtude do projeto e ao asseguramento do mesmo no rigor do proceder antecipador. Todavia, projeto e rigor somente se desdobram e convertem no que são no método. Este determina o segundo caráter essencial para a investigação. A fim de que o setor projetado se torne objetivo há que impeli-lo a sair ao encontro de todas as multiplicidades em todos os seus níveis e imbricações. Por isso, o proceder antecipador deve ter a visão livre para a variedade do que se encontra. A plenitude do particular e dos fatos somente se mostra no horizonte da constante renovação da transformação. Os fatos, porém, devem tornar-se objetivos, por isso o proceder antecipador deve representar o variável em sua transformação, conseguir fixa-lo, deixando ao mesmo tempo que o movimento seja um movimento. A fixação dos fatos e a constância de sua variação como tal, é a regra. O constante da transformação na necessidade de seu transcurso é a lei. Somente no horizonte de regra e lei adquirem clareza os fatos como os fatos que são. A investigação de fatos no âmbito da natureza é, em si, exposição e preservação de regras e leis. O método pelo qual um setor de objetos chega à presentação tem o caráter de uma clarificação a partir do claro, de um esclarecimento. Este esclarecimento tem sempre dois lados: fundamenta algo desconhecido por meio de algo conhecido e, ao mesmo tempo, garante este conhecido por meio deste desconhecido. O esclarecimento se leva a termo na inquirição ou exame. Nas ciências da natureza isto tem lugar segundo o tipo de campo de exame e a intenção do esclarecimento por meio do experimento. Todavia, não é que as ciências da natureza se convertam em investigação graças ao experimento, mas é precisamente o experimento que somente é possível, única e exclusivamente, onde o conhecimento da natureza se converteu em investigação. A física moderna pode ser experimental em virtude do fato de ser essencialmente uma física matemática. [DZW]
As ciências [Wissenschaften] conhecem o caminho para o saber [Wissen] como o sentido da palavra método. Mesmo na ciência moderna, o método não é um mero instrumento a serviço da ciência. Pelo contrário. O método é que põe as ciências a seu serviço. Nietzsche foi o primeiro a reconhecer em todas as suas implicações essa situação da ciência moderna, nos apontamentos publicados sob os números 466 e 469 da Vontade de Poder [Willen zur Macht]. O primeiro diz: "O que caracteriza o século XIX não é a vitória da ciência, mas a vitória do método científico sobre a ciência [Wissenschaft]".
O segundo começa com a frase: "As visões de maior valor são sempre descobertas por último: mas as visões de maior valor são os métodos".
Também Nietzsche encontrou essa visão sobre a relação entre método e ciência por último, a saber, no último ano de sua vida com saúde, em 1888, na cidade de Turim.
Nas ciências, o método não apenas propõe o tema [Thema] como o impõe e subordina. A corrida vertiginosa que impulsiona atualmente as ciências sem que nem elas mesmas saibam para onde estão indo, provém do incitamento do método e de suas possibilidades, cada vez mais entregues à técnica [Technik]. É no método que reside todo poder e violência do saber. O tema pertence ao método. [GA12]
Porque a ciência moderna é uma teoria neste sentido [de teoria do real], adquire importância decisiva em toda a sua observação o modo de tratar da ciência, ou seja, a maneira de ela proceder, em suas pesquisas, com vistas ao asseguramento processador, numa palavra, o seu método. [GA7]
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