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Léxico Filosofia

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essência da linguagem

Definition:
Wesen der Sprache

J — A mesma coisa não se pode dizer de seu pensamento da linguagem.

P — Sem dúvida, menos. Pois somente vinte anos depois da tese de habilitação é que pude discutir, num curso, a questão da linguagem. Foi na época em que fiz as primeiras interpretações dos hinos de Hölderlin. No verão de 1934, dei um curso sobre "Lógica". Tratava-se, no entanto, de uma meditação acerca do logos, em que procurava a essência da linguagem. Precisei de quase dez anos para dizer o que pensava e ainda hoje falta-me a palavra adequada. Continua encoberta, em toda sua envergadura, a perspectiva do pensamento que se esforça por corresponder à essência da linguagem. Por isso, não vejo se o que eu tento pensar como essência da linguagem satisfaça também à essência da linguagem oriental. Igualmente ainda não vejo se, por fim, o que na verdade seria o começo possa chegar à experiência pensante de um vigor de linguagem capaz de garantir, tanto ao dizer ocidental-europeu quanto ao dizer asiático-oriental, a possibilidade de uma conversa, que pudesse jorrar de uma única fonte. [GA12]


Este co-responder é um falar. Está a serviço da linguagem. O que isto significa é de difícil compreensão para nós hoje, pois nossa representação comum da linguagem passou por um estranho processo de transformações. Como consequência disso a linguagem aparece como um instrumento de expressão. De acordo com isso, tem-se por mais acertado dizer que a linguagem está a serviço do pensamento em vez de: o pensamento como co-respondência está a serviço da linguagem. Mas, antes de tudo, a representação atual da linguagem está tão longe quanto possível da experiência grega da linguagem. Aos gregos se manifesta a essência da linguagem como o logos. Mas o que significa logos e legein? Apenas hoje começamos lentamente, através de múltiplas interpretações do logos, a descerrar para nossos olhos o véu sobre sua originária essência grega. Entretanto, nós não somos capazes nem de um dia regressar a esta essência da linguagem, nem de simplesmente assumi-la como herança. Pelo contrário, devemos entrar em diálogo com a experiência grega da linguagem como logos. Por quê? Porque nós, sem uma suficiente reflexão sobre a linguagem, jamais sabemos verdadeiramente o que é a filosofia como a co-respondência acima assinalada, o que ela é como uma privilegiada maneira de dizer. [MHeidegger QUE É ISTO - A FILOSOFIA?]


As mais antigas referências a aletheíe e alethes, desvelamento e desvelado, encontramos em Homero e, na verdade, no contexto com verbos que significam dizer. Disto se concluiu apressadamente de mais: portanto, o desvelamento é "dependente" dos verba dicendi. (Assim fala P. Friedländer, Platão Vol. I, 2.a edição 1954, p. 235, seguindo a trilha de W. Luther, que em sua dissertação de Göttingen 1935, p. 8 e seqs., vê mais claramente o estado de coisas) Que significa aqui "dependente", quando dizer é o deixar aparecer e, em consequência, tal também é o disfarçar e o encobrir? Não o desvelamento é "dependente" do dizer, mas qualquer dizer já precisa do âmbito do desvelamento. Apenas lá onde esta já impera pode algo tornar-se dizível, visível, mostrável, perceptível. Se mantivermos na mira o enigmático imperar da Aletheia, do desvelamento, então podemos até suspeitar que mesmo toda a essência da linguagem repousa na des-ocultação, no imperar da Aletheia. Entretanto, mesmo a conversa sobre o imperar permanece ainda um expediente, já que a maneira como acontece o imperar recebe sua determinação da desocultação mesma, isto é, da clareira do autovelar-se. [MHeidegger HEGEL E OS GREGOS]


Todavia só podemos presumir porque a essência da linguagem em parte alguma vem à linguagem como a linguagem da essência. Muito indica que a essência da linguagem recusa-se a vir à linguagem, isto é, a vir àquela linguagem em que se pronunciam enunciados sobre a linguagem. Se em toda parte a linguagem faz essa recusa, então essa recusa pertence à essência da linguagem. Isso significa que não é somente na fala cotidiana que a linguagem se resguarda em si mesma mas que esse resguardo se deve ao fato de a linguagem resguardar em si mesma a sua proveniência e, assim, negar a sua essência para os nossos hábitos representacionais. Nesse caso então não deveríamos mais dizer que a essência da linguagem é a linguagem da essência, a não ser que a palavra "linguagem" tenha um outro sentido na segunda formulação, a saber, o resguardo da essência da linguagem. Esse seria então o modo mais próprio de a essência da linguagem vir à linguagem. Não devemos mais fugir dessa conjectura. Ao contrário. É preciso conjeturar porque é tão fácil negligenciar a "linguagem" toda peculiar da essência da linguagem. Talvez isso se explique pelo fato de não se pensar em sua vizinhança [Nachbarschaft] os modos privilegiados de dizer, ou seja, a poesia e o pensamento. [GA12]

Submitted on 27.10.2010 23:31
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