Search
Who is Online
25 user(s) are online (25 user(s) are browsing Léxico Filosofia)

Members: 0
Guests: 25

more...
Novos Termos
Termos Populares
Home Léxico Filosofia  Léxico Filosofia C  C cura cura
Léxico Filosofia

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

cura

Definition:
v. The author ran across the following pre-ontological illustration of the existential-ontological Interpretation of Dasein as care in K. Burdach’s article. ‘Faust und die Sorge’ (Deutsche Vierteljahrschrift für Literaturwissenschaft und Geistesgeschichte, vol. I, 1923, pp. 1 ff.). Burdach has shown that the fable of Cura (which has come down to us as No. 220 of the Fables of Hyginus) was taken over from Herder by Goethe and worked up for the second part of his Faust. Cf. especially pp. 40 ff. The text given above is taken from F. Bücheler (Rheinisches Museum, vol. 41, 1886, p. 5); the translation is from Burdach, ibid., pp. 41 ff.

Cura cum fluvium transiret, vidit cretosum lutum
sustulitque cogitabunda atque coepit fingere.
dum deliberat quid iam fecisset, Jovis intervenit.
rogat eum Cura ut det illi spiritum, et facile impetrat.
cui cum vellet Cura nomen ex sese ipsa imponere,
Jovis prohibuit suumque nomen ei dandum esse dictitat.
dum Cura et Jovis disceptant, Tellus surrexit simul
suumque nomen esse volt cui corpus praebuerit suum.
sumpserunt Saturnum iudicem, is sic aecus iudicat:
‘tu Jovis quia spiritum dedisti, in morte spiritum,
tuque Tellus, quia dedisti corpus, corpus recipito,
Cura eum quia prima finxit, teneat quamdiu vixerit.
sed quae nunc de nomine eius vobis controversia est,
homo vocetur, quia videtur esse factus ex humo.’

‘Once when ‘Care’ was crossing a river, she saw some clay; she thoughtfully took up a piece and began to shape it. While she was meditating on what she had made, Jupiter came by. ‘Care’ asked him to give it spirit, and this he gladly granted. But when she wanted her name to be bestowed upon it, he forbade this, and demanded that it be given his name instead. While ‘Care’ and Jupiter were disputing, Earth arose and desired that her own name be conferred on the creature, since she had furnished it with part of her body. They asked Saturn to be their arbiter, and he made the following decision, which seemed a just one: ‘Since you, Jupiter, have given its spirit, you shall receive that spirit at its death; and since you, Earth, have given its body, you shall receive its body. But since ‘Care’ first shaped this creature, she shall possess it as long as it lives. And because there is now a dispute among you as to its name, let it be called ‘homo’, for it is made out of humus (earth).’ [BTMR]


Cura: «cuidado», «cura». Véase también la entrada Sorge (die). [NB, p. 21; SZ, pp. 199ss.] [LHDF]

Heidegger usa três palavras cognatas: 1. Sorge, "cura (cuidado)", é "propriamente a ansiedade, a preocupação que nasce de apreensões que concernem ao futuro e referem-se tanto à causa externa quanto ao estado interno" (DGS, 56). O verbo sorgen é "cuidar" em dois sentidos: (a) sich sorgen um é "preocupar-se, estar preocupado com" algo; (b) sorgen für é "tomar conta de, cuidar de, fornecer (algo para)" alguém ou algo. 2. Besorgen possui três sentidos principais: (a) "obter, adquirir, prover" algo para si mesmo ou para outra pessoa; (b) "tratar de, cuidar de, tomar conta de" algo; (c) especialmente com o particípio passado, besorgt, "estar ansioso, perturbado, preocupado" com algo. O infinitivo substantivado é das Besorgen, "ocupação" no sentido de "ocupar-se de ou com" algo. 3. Fürsorge, "preocupação", é "cuidar ativamente de algúem que precisa de ajuda", portanto: (a) o " bem-estar" organizado pelo estado ou por corporações de caridade (cf. SZ, 121); (b) "cuidado, preocupação".

Estes três conceitos permitem a Heidegger distinguir sua visão daquela que considera nossa atitude para com o mundo como primariamente cognitiva e teórica. "A cura (cuidado) com o conhecimento conhecido" (Sorge um erkannte Erkenntnis) de Descartes e de Husserl é apenas um tipo de cura, e não o tipo primário, que por si mesmo tenha um apelo evidente (GA17, 62; GA63, 106). Mas Sorge não é especificamente prático: é mais profundo do que o contraste usual entre teoria e prática (SZ, 193). Os conceitos são distintos no sentido de que Sorge pertence ao próprio Dasein, besorgen às suas atividades no mundo, e Fürsorge ao seu ser-com-outros: "O modo de ser básico de Dasein é que em seu ser está em jogo seu próprio ser. Este modo básico de ser é concebido como cuidado [Sorge], e, como modo básico de ser de Dasein, este cuidado é não menos originalmente ocupação [Besorgen] e isto se Dasein é essencialmente ser-no-mundo. Da mesma forma, este modo básico de ser de Dasein é preocupação [Fürsorge], na medida em que Dasein é ser-um-com-o-outro" (GA21, 225). A cura (cuidado) é membro dominante dessa tríade, embora inseparável dos demais: "Ocupação e preocupação são constitutivas da cura, de tal forma que quando usamos simplesmente o termo ‘cura’ sempre nos referimos a ele, e nas nossas explicações concretas o compreendemos, como cura ocupada-preocupada [besorgend-fürsorgende Sorge], onde com cura queremos dizer, em um sentido enfático, que, nesta ocupação e preocupação como cura, o próprio ser que cuida [das sorgende Sein] está em questão" (GA21, 225s).

Os conceitos são "conceitos estruturais", que apresentam os existenciais de Dasein, e devem portanto ser compreendidos em um sentido amplo. Dasein é frequentemente desleixado e despreocupado, desatento para com os outros, e descuidado, negligente e indiferente. Mas mesmo assim, Dasein possui Besorgen, Fürsorge e Sorge mesmo que em um "modo deficiente" (SZ, 57): "Se eu negligencio algo, eu faço, não coisa nenhuma, mas alguma coisa, só que no modo do não. [...] Apenas onde há cura há negligência" (GA21, 225). (Esta é uma medida comum em filosofia, não apenas em Heidegger: normalmente enxergamos algumas coisas como não possuindo relação alguma, mas para o lógico duas coisas quaisquer estão sempre relacionadas de um modo ou de outro; até a falta de relação é um tipo de relação.) [DH]

Submitted on 25.07.2021 10:22
This entry has been seen individually 412 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ

Powered by XOOPS © 2001-2012 The XOOPS Project