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escravidão

Definition:
(gr. douleia; lat. Servitus; in. Slavery; fr. Esclavage; al. Sklaverei).

Entre os filósofos, a justificação da escravidão sempre teve a mesma forma: a escravidão é útil não só ao senhor como também ao escravo. Por esse motivo, Aristóteles considera a escravidão uma das divisões naturais da sociedade, semelhante à divisão entre homem e mulher: como há "quem é naturalmente disposto ao comando" e "quem é naturalmente disposto a ser mandado", é graças à união que "ambos podem sobreviver". Portanto, A escravidão é "vantajosa tanto para o senhor quanto para o escravo" (Pol., I, 2, 1552 a). Citando Aristóteles, Tomás de Aquino dizia: "Que um homem seja escravo e não outro é coisa que, de um ponto de vista absoluto, não tem razão natural, mas só razão de utilidade, porquanto é útil ao escravo ser governado por um homem mais prudente, e é útil a este último ser ajudado pelo escravo" (5. Th., II, 2, q. 57, a. 3, ad 2e). O modo como Hegel comenta a figura servo-senhor em Fenomenologia do espírito obedece ao mesmo espírito de justificação. O senhor é a autoconsciência do escravo e o escravo é o instrumento que elabora os objetos, a fim de que o senhor os usufrua e, desse modo, ele próprio participe, por mediação, da fruição do objeto, assim como, por mediação, o senhor participa da produção dele (Phänomen. des Geistes, I. IV, A; trad. it., pp. 168 ss.).

Por outro lado, o cristianismo tornara insignificante a escravidão e, em um certo sentido, a sua condenação. Uma vez que tanto o judeu quanto o grego, tanto o servo quanto o homem livre, tanto o homem quanto a mulher "fazem uma só coisa em Jesus Cristo" (Gal, III, 28), não é importante ser escravo ou livre, mas ser "liberto do Senhor" (I Cor., VII, 21-22). No mundo antigo, só os estoicos condenaram sem reservas a escravidão: "Só o sábio é livre, os maus são escravos: já que a liberdade não é senão autodeterminação e a escravidão é a ausência de autodeterminação. Há, então, outra escravidão, que consiste na sujeição ou na compra e na sujeição, à qual se contrapõe a senhoria, que é também maléfica" (Diog. L., VII, 121). Ao lado da negação da escravidão como instituição social, os estoicos fizeram prevalecer o conceito da escravidão como estado ou situação moral. Dizia Sêneca: "’São escravos’. Sim, mas também homens. ‘São escravos’. Sim, mas também companheiros de habitação. ‘São escravos’. Sim, mas também amigos humildes. ‘São escravos’. Sim, mas também companheiros de escravidão, se refletires que uns e outros estão sujeitos aos caprichos da sorte" (Ep., 47): conceitos que se repetiram de várias formas na literatura romana, embora nada tivessem de correspondente no direito romano codificado, para o qual o escravo era a "coisa" do patrão. No mundo moderno, foi a filosofia iluminista que mostrou a noção de escravidão como absurda e repugnante: sua defesa da noção de igualdade significa a condenação da escravidão em todas as suas formas e graus (cf., p. ex., Voltaire. Dictionnaire Philosophique, 1764, artigo "Égalité"). [Abbagnano]

Submitted on 03.05.2010 22:41
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