
mouvement [EtreTemps]
movement [BT]
NT: Being and movement (Sein und Bewegung), 392; Movement (Bewegung), 9 (of sciences), 91, 97, 109 (of hand); enigma of being and, 392. See also Change; Motion [BT]
NT: Motion (Bewegung), 10, 91, 178, 180, 362, 375 (of objectively present), 389 (as change of place), 421 (Aristotle), 428, 432 n. 30, 435 (Hegel). See also Change [BT]
NT: Movement (Bewegung), 9 (of sciences), 91, 97, 109 (of hand); enigma of being and, 392. See also Change; Motion [BT]
"Mover [algo]" é bewegen e "mover[-se]" é sich bewegen. Bewegung é "ação, movimento". Heidegger também usa com frequência Bewegtheit, "agitação, movimento". A afinidade de bewegen com Weg, "caminho, vereda, trilha" lhe possibilita ler bewegen como be-wegen, significando "abrir caminho, prover [uma região] com caminhos" (GA12, 197s/91s). Muitas vezes, ao falar de ação, tem em mente a explicação de Aristóteles (cf. IFA; GA31, 58ss; ECP, 241ss; GA33). Aristóteles distinguia diferentes tipos de ação ou mudança, kinesis, de acordo com a categoria na qual ela ocorria. Uma mudança substancial é o vir a ser, ou extinguir-se, de uma substância, p.ex., o nascimento ou morte de uma pessoa. Uma mudança qualitativa é a aquisição de uma qualidade por uma substância, p.ex., uma pessoa ficar bronzeada. Uma mudança quantitativa é o aumento ou diminuição de tamanho de, por exemplo, um organismo. Uma mudança na categoria de lugar é a locomoção. Quando algo muda, ele deixa de ser potencialmente (dynamei) isso-e-aquilo para ser atualmente (energeiai) isso-e-aquilo. Um bloco de mármore (a matéria ou causa material) é potencialmente uma estátua e torna-se uma estátua atual (a causa final) devido à imposição de uma forma (a causa formal) por um escultor (a causa eficiente). Uma bola que está potencialmente no gol do time adversário (e potencialmente em muitos outros lugares indefinidos) é movida para dentro do gol atualmente por um chute. O intocado bloco de mármore é potencialmente uma estátua, e a bola parada está potencialmente no gol. Quando estão movimentando-se em direção ao fim, telos, que ainda não alcançaram — o mármore no processo de ser esculpido, a bola no ar em direção ao seu destino — a sua potencialidade é atualizada como uma potencialidade. Esta explicação da mudança, primeiramente da locomoção, serve à explicação de Aristóteles do tempo: ele é o "número" ou "medida" do movimento no que diz respeito ao antes e ao depois (SZ, 421; GA24, 330ss). Mas Heidegger fala com frequência do " movimento" de Dasein de uma maneira que pouco deve a Aristóteles e que até mesmo o contradiz: ele resiste à visão de Aristóteles de que o movimento é sempre o movimento de uma substância ou, na mudança substancial, da matéria subjacente. Dasein não existe primeiro e depois se move; ele se constitui em seus movimentos: decadência e ser-lançado (SZ, 177ss, 348), acontecimento ou historização (SZ, 375, 389). O questionamento de Heidegger acerca da historicidade é assombrado pelo "enigma" não apenas do ser, mas também do movimento (SZ, 391. Cf. LXl, 93 etc.). [DH]