
Methode A ciência se converte em investigação em virtude do projeto e ao asseguramento do mesmo no rigor do proceder antecipador. Todavia, projeto e rigor somente se desdobram e convertem no que são no método. Este determina o segundo caráter essencial para a investigação. A fim de que o setor projetado se torne objetivo há que impeli-lo a sair ao encontro de todas as multiplicidades em todos os seus níveis e imbricações. Por isso, o proceder antecipador deve ter a visão livre para a variedade do que se encontra. A plenitude do particular e dos fatos somente se mostra no horizonte da constante renovação da transformação. Os fatos, porém, devem tornar-se objetivos, por isso o proceder antecipador deve representar o variável em sua transformação, conseguir fixa-lo, deixando ao mesmo tempo que o movimento seja um movimento. A fixação dos fatos e a constância de sua variação como tal, é a regra. O constante da transformação na necessidade de seu transcurso é a lei. Somente no horizonte de regra e lei adquirem clareza os fatos como os fatos que são. A investigação de fatos no âmbito da natureza é, em si, exposição e preservação de regras e leis. O método pelo qual um setor de objetos chega à presentação tem o caráter de uma clarificação a partir do claro, de um esclarecimento. Este esclarecimento tem sempre dois lados: fundamenta algo desconhecido por meio de algo conhecido e, ao mesmo tempo, garante este conhecido por meio deste desconhecido. O esclarecimento se leva a termo na inquirição ou exame. Nas ciências da natureza isto tem lugar segundo o tipo de campo de exame e a intenção do esclarecimento por meio do experimento. Todavia, não é que as ciências da natureza se convertam em investigação graças ao experimento, mas é precisamente o experimento que somente é possível, única e exclusivamente, onde o conhecimento da natureza se converteu em investigação. A física moderna pode ser experimental em virtude do fato de ser essencialmente uma física matemática. [DZW]