essência do nada

Category: Heidegger - Ser e Tempo etc.
Submitter: Murilo Cardoso de Castro

essência do nada

Na angústia se manifesta um retroceder diante de... que, sem dúvida, não é mais uma fuga, mas uma quietude fascinada. Este retroceder diante de... recebe seu impulso inicial do nada. Este não atrai para si, mas se caracteriza fundamentalmente pela rejeição. Mas tal rejeição que afasta de si é, enquanto tal, um remeter (que faz fugir) ao ente em sua totalidade que desaparece. Esta remissão que rejeita em sua totalidade, remetendo ao ente em sua totalidade em fuga - tal é o modo de o nada assediar, na angústia, o ser-aí -, é a essência do nada: a nadificação. Ela não é nem uma destruição do ente, nem se origina de uma negação. A nadificação também não se deixa compensar com a destruição e a negação. O próprio nada nadifica. QUE É METAFÍSICA?

Somente na clara noite do nada da angústia surge a originária abertura do ente enquanto tal: o fato de que é ente - e não nada. Mas este "e não nada", acrescentado em nosso discurso, não é uma clarificação tardia e secundária, mas a possibilidade prévia da revelação do ente em geral. A essência do nada originariamente nadificante consiste em: conduzir primeiramente o ser-aí diante do ente enquanto tal. QUE É METAFÍSICA?

Submitted on:  Sat, 17-Nov-2007, 18:12