
Horizont A iluminação da essência da vida a partir do asseguramento da subsistência constante que lhe é próprio conduziu até a referência ao caráter perspectivístico fundamental da vida. O vivente encontra-se e mantém-se em um ponto de vista que se dirige a uma esfera de possibilidades fixadas a cada vez desta ou daquela maneira, seja como o verdadeiro do conhecimento, seja como “obra” da arte. A cada vez, essa delimitação, esse estabelecimento de um horizonte é: o erigir de uma aparência. O que é configurado assume a aparência do que é real. No entanto, enquanto algo configurado e fixo, ele não é mais caos. Ao contrário, ele se mostra agora como afluxo pulsional que se fixou. A aparência surge no espaço da respectiva perspectiva no interior da qual a cada vez vige um determinado ponto de vista; um ponto de vista ao qual o horizonte é “relativo”. De acordo com isso, Nietzsche diz no n. 567 (1888): “É o elemento perspectivístico que fornece o caráter de ‘semblância’! Como se um mundo ainda restasse depois que deduzimos o elemento perspectivístico! Com isso, ter-se-ia deduzido a relatividade!” [GA6MAC:438]