
Subjekt
Category: Heidegger - Termos originais
Submitter: mccastro
Subjekt
sujet
subject
NT: Subject, subjectivity (Subjekt, Subjektivität), 14, 22, 24, 46-47, 59-62, 109-111, 113-114, 123-126, 128-130, 154-156, 204, 227, 229-230, 316-322, 366, 388, 419, 427, et passim; subject-object relation, 59, 216, 388; versus Dasein, 60, 229; versus self, 303, 322; versus objectivity, 395, 405, 411, 419; isolated, 118, 179, 188, 204, 206, 321; worldless, 110-111, 116, 192, 206, 366; of others, 119, 121, 123, 126, 128, 384; objectively present, 119, 121, 123, 128, 131-132, 176, 320; ‘ideal’, 229; absolute, 228, 318; knowing, 47, 69; of everydayness, 114, 128; ‘factual’ and factical 229; ‘theoretical’, 316; ‘historical’, 382; ‘logical’, 319 (Kant); versus predicate, 154-155, 318-319; the a priori and the, 229, (Cf. 110); truth and the, 227, 229; time and, 62, 109-110, 164; subjectivity of the, 24; ‘subjectivity’ of the world, 65, 366; ‘subjectivity’ of time, 419, 427; ‘subjectivity’ of world-time, 419; Kant on the, 24, 109, 204, 319-321 [BTJS]
Subjekt vem do latim subiectum, literalmente "o que está lançado sob" (p.ex. GA6T2, 430). Subjekt é ambíguo, significando: 1. o substratum subjacente ou sujeito da predicação, da indagação etc., 2. o sujeito humano. O sentido 1 foi introduzido pelo grego hypokeimenon ("aquilo que permanece sob"), mas os "gregos não sabem absolutamente nada sobre o homem como um sujeito-eu" (GA6T2, 505). Heidegger pergunta como uma palavra que originalmente aplicava-se a tudo passou a ser usada especificamente para o ser humano. Ele conclui que, com a nova liberdade que se seguiu ao declínio da cristandade tradicional, o homem tornou-se o centro em torno do qual tudo o mais revolve, estabelecendo-se, desse modo, como o sujeito, o que subjaz, par excellence (GA6T1, 141ss). O sujeito humano pode mas não precisa ser um eu sem corpo, cuja certeza determina aquilo que há (GA6T2, 431ss). Para Nietzsche, o sujeito tem corpo, sendo governado mais pelo desejo e pela paixão do que pelo pensamento, embora esse ainda seja, para Heidegger, um entendimento cartesiano por ser o árbitro do ser e do valor (GA6T2, 187). [DH:179]
Sein bei, Mitsein e Selbstsein são gleichursprunglich, “equiprimordiais, igualmente originários, primitivos” (GA10, 100). É um erro considerar Sein bei e/ou Selbstsein como primários e derivar Mitsein ou outros a partir deles. O si mesmo não precisa ser separado do Sein-bei e do Mitsein. Descartes e Husserl (e Nietzsche, GA6T1, 578) incorrem neste erro: “Já que se concebe o sujeito privado, por assim dizer, deste Sein-bei..., um sujeito fragmentário, a questão acerca do ser-um-com-o-outro [Miteinandersein] e sua essência também toma um caminho errado. Já que ambos os sujeitos são indeterminados, deve ser encontrado um arranjo mais elaborado, por assim dizer, do que a natureza do caso requer. A indeterminação da subjetividade causa uma superdeterminação da relação entre sujeitos” (GA27, 140). Se as pessoas são sujeitos encerrados em si, elas precisam passar por uma cuidadosa inspeção das características físicas umas das outras antes de poderem comunicar-se. Este absolutamente não é o caso. Eu sou “com” os outros até mesmo quando eles não estão fisicamente presentes: “Estar faltando e ‘estar longe’ são modos de Dasein-com apenas possíveis porque Dasein como ser-com deixa o Dasein dos outros virem ao seu encontro [begegnen] em seu mundo” (SZ, 121). [DH:166]
Submitted on: Fri, 16-Jul-2021, 06:43