
Vorläufigkeit
Category: Heidegger - Termos originais
Submitter: mccastro
Vorläufigkeit
pré-cursivité [ETEM]
NT: Vorläufigkeit : pré-cursivité. — Cf. 30227. L’adj. vorläufig, ord. provisoire, connote souvent ce sens de « précurseur ». [ETEM]
1. “Wenn im Vorlaufen zum Tode erst alle faktische “Vorläufigkeit” des Entschliessens eigentlich verstanden, das heisst existenziell eingeholt wäre?’ Our translation of ‘Vorlaufen’ as ‘anticipation’ again fails to bring out the metaphor of ‘running ahead’, with which the notion of ‘catching up’ is here clearly connected. (Cf. our note 3, H. 262 above.) Similarly our translation of ‘Vorläufigkeit’ as ‘anticipatoriness’, which brings out the connection with ‘vorlaufen’, is out of line with our usual translation of the adjective ‘vorläufig’ as ‘provisional’. [BTMR:350]
Como pura possibilidade [Möglichkeit], possibilidade original e «a mais própria», «a morte nada dá a efetuar» [SZ:262] no interior do Dasein, dado que a sua atualização marca a sua abolição. Que significa antecipar [Vorlaufen] esta possibilidade? O que é a própria antecipação e o que acrescenta a esta possibilidade? Não deve acrescentar-lhe nada, mas somente «deixá-la estar aí como possibilidade» [GA20:239]. Não se trata de «nos aproximarmos dela enquanto presença» [Ibid.] — e o suicídio está explicitamente excluído. Suicidar-se seria precisamente trair a possibilidade enquanto tal. «Pelo suicídio, por exemplo, renuncio justamente à possibilidade como possibilidade» [Ibid.]. Antecipar a morte como possibilidade é reforçar desmesuradamente o seu ser possível. A antecipação aumenta, exagera, a possibilidade da morte [Tod]. É excessivo, por certo, imaginar, por exemplo, sem nenhuma representação concreta, fora de qualquer causa ou circunstância, a morte como possível a cada instante. Mas a antecipação possui mesmo qualquer coisa: trata-se de uma intensificação da possibilidade que se mantém distante de qualquer concretização. Heidegger rejeita aqui dois modos de aproximação à morte: por um lado «pensar na morte», por outro atingi-la. Para se manter pura possibilidade, a morte deve ser também, tanto quanto possível, pouco manifesta e palpável. Antecipar significa atingir uma proximidade não presente. O pensamento da morte, ruminando e meditando sobre o momento e a maneira como ela aparece, «enfraquece a morte por uma vontade calculadora de dispor dela» [SZ:261]. A espera, por seu turno, antecipa não o possível como tal, mas a sua realização. O certo é esperado e, assim, «o possível é arrastado pela espera para o certo» [Ibid.]. Na aproximação à morte que é a antecipação, trata-se de penetrar na e de se penetrar da pura possibilidade, por meio de um esforço para compreender o que comporta esta possibilidade, em particular quanto à certeza da morte. Antecipar a morte é simplesmente compreendê-la melhor, quer dizer, «não fixar um sentido, mas compreender-se no poder-ser [Seinkönnen]...» [SZ:263]: «na antecipação desta possibilidade, esta “torna-se sempre maior”, quer dizer, ela desvela-se como uma possibilidade que não conhece de todo nenhuma medida, nem um mais, nem um menos, é como a possibilidade da impossibilidade [Möglichkeit der Unmöglichkeit], fora de qualquer medida de existência» [SZ:262]. «Fora de medida», porque extrema, situada para além de qualquer outra, esta possibilidade não oferece, por outro lado, nenhum «apoio» (Anhalt) para assentar qualquer projeto, a fim de «se representar» uma realização possível e por aí «esquecer a possibilidade» [Ibid.]. Irrepresentável, o ser-para-a-morte [Sein zum Tode] não alimenta nenhuma imaginação quanto ao futuro. O que pode parecer pobre, vazio. [HEH:36-38]
Submitted on: Sun, 01-Aug-2021, 19:36