
quisidade VIDE das Wer Heidegger oferece uma indicação, que ainda não é propriamente uma justificação, ao dizer que há entes que não devem ser [306] interrogados com a pergunta “o que são?”, mas sim com o pronome pessoal, isto é, deve-se perguntar “quem são?” Assim como os entes subsistentes são dotados de uma essentia, uma quididade, os entes pessoais determinam-se a partir de uma quisidade. Naturalmente, entes que são adequadamente interrogados com um pronome pessoal são aqueles designados como ser-aí. Nas palavras do próprio Heidegger: Se o ser-aí mostra uma constituição ontológica completamente diferente do ente subsistente e se existir, em nosso uso terminológico, quer dizer algo diferente de existere e existentia (einai), então também se torna problemático se à constituição ontológica do ser-aí pertence algo como a constituição quiditativa, a essentia, a ousia. Constituição quiditativa, realitas ou quidditas é o que responde à pergunta: quid est res?, o que é essa coisa? Inclusive uma consideração muito sumária mostra que o ente que somos nós mesmos, em geral, não pode ser interpelado, como tal, mediante a pergunta: o que é isto? Somente conseguimos ganhamos acesso a esse ente se perguntamos: quem é? O ser-aí não está constituído por uma quididade, mas, se nos é permitido cunhar a expressão, por uma quisidade (Werheit). A resposta não dá uma coisa, mas um eu, um tú, um nós. (GA24, p. 169) [RRRAM:306-307]