Search
Who is Online
22 user(s) are online (22 user(s) are browsing Léxico Filosofia)

Members: 0
Guests: 22

more...
Novos Termos
Termos Populares
Home Léxico Filosofia  Léxico Filosofia L  L lógica lógica
Léxico Filosofia

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

lógica

Definition:
Logik

Quando nos referimos ao múltiplo sentido do “lógico”, tomamos como parâmetro uma constringência que consiste somente numa coerência correta. Mas uma coerência correta pode se apresentar de mil e uma maneiras. Olhando-se mais precisamente, a mera coerência correta não contém nenhuma constringência. Em todo caso, faltam ao “lógico” a indicação e o peso do verdadeiro. O que é “lógico” não precisa ser verdadeiro. A alucinada errância da nossa história pode ser traçada “logicamente”. O que milhões de vezes se chama de “lógico” nunca oferece ou fundamenta o verdadeiro. Um criminoso também pensa “logicamente”, talvez até de maneira muito mais “lógica” do que um homem ajuizado. Até ficaremos em dúvida se devemos considerar como verdadeira a “lógica” do criminoso, mas só porque é “lógica”, como se costuma dizer sem pensar. O apelo de “lógico”, como a instância da constringência e obrigatoriedade, é em toda parte sinal do pensamento que não pensa. É, sobretudo, o homem “inculto” que mostra um amor especial pelo emprego da expressão “lógico”. O homem “inculto” é aquele que não consegue compor nenhuma imagem diante da coisa em questão, é aquele que desconhece como se dá uma relação com a coisa e como a relação deve sempre ser novamente conquistada, que desconhece, ainda, que a relação só se deixa conquistar na pronúncia da coisa a partir da coisa ela mesma. A expressão tão apreciada “isso é lógico” constitui na maior parte das vezes um sinal de que se desconhece a coisa em questão. Pensar “logicamente”, obedecer “o lógico” ainda não garante o verdadeiro. O “ilógico” pode muito bem abrigar em si o verdadeiro. O “lógico” pode ser a norma que se adequa ao pensamento, mas neste sentido corriqueiro e comum, o normal nunca pode vir a constituir instância do verdadeiro. [GA55MS:126]


"Lógica" responde à questão: o que é significado pelo conceito? Não há "lógica"no sentido que se fala dela simplesmente como "lógica". "Lógica" é uma decorrência do escolasticismo helenístico, que adaptou a investigação do passado em uma maneira escolástica. Nem Platão nem Aristóteles sabiam de "lógica". Lógica, como prevaleceu na Idade Média, pode ser definida como uma questão de conceitos e regras, escolasticamente compiladas. "Problemas lógicos" emergem do horizonte de uma divisão escolástica de questões; seu interesse jaz não em uma confrontação com coisas, mas ao invés com a divisão de possibilidades técnicas definidas. [GA18 p. 9]


Porque se fala contra a "lógica", crê-se que se pretenda renunciar ao rigor do pensamento, para entronizar em seu lugar a arbitrariedade dos impulsos e sentimentos, e, assim, proclamar, como o verdadeiro, o "irracionalismo". Pois o que é "mais lógico" do que isto: quem fala contra o lógico, defende o ilógico? [CartaH]


A "lógica" entende o pensamento como a representação do ente em seu ser, enquanto a representação se apresenta (sich zustellt) o ser do ente na "universalidade" do conceito. Mas o que acontece com a reflexão sobre o Ser em si mesmo, e isso significa com o pensamento, que pensa a Verdade do Ser? É esse pensamento que atinge a Essência originária do logos, a qual, em Platão e Aristóteles — o fundador da "lógica" — já se entulhara e perdera. Pensar contra "a lógica", não significa quebrar lança em favor do ilógico. Significa apenas repensar (nachdenken) o logos e sua Essência, que se manifestou nas origens (Frühzeit) do pensamento. Significa empenhar-se e esforçar-se na preparação desse re-pensamento. De que nos servem todos os sistemas de lógica, mesmo os mais extensos, se eles, sem saberem o que fazem, se subtraem à tarefa prévia de questionarem a Essência do logos? Se se quisesse retribuir objeções — o que, sem dúvida, é estéril —, com maior razão poder-se-ia dizer que o irracionalismo, no sentido de renúncia à ratio, reina, desconhecido e incontrastado, na defesa da "lógica", que crê poder esquivar-se a uma reflexão sobre o logos e sobre a Essência da razão, nele fundada. [CartaH]


Hegel pensa o ser em sua vacuidade mais vazia, porquanto em sua máxima generalidade. Pensa o ser ao mesmo tempo na sua plenitude acabada e perfeita. Entretanto, o filósofo designa a filosofia especulativa, isto é, a filosofia propriamente, não onto-teo-logia, mas "Ciência da Lógica". Com esta designação Hegel traz algo decisivo à luz. Não há dúvida que se poderia esclarecer, num instante, a designação da metafísica como "lógica" apontando para o fato de que para Hegel "o pensamento" é o objeto do pensamento, sendo esta palavra entendida como singulare tantum. O pensamento, o ato de pensar, é, manifestamente, e, segundo uso antigo, o tema da lógica. Certamente. Mas também tão indiscutivelmente está constatado que Hegel, fiel à tradição, localiza o objeto do pensamento no ente enquanto tal e no todo, no movimento do ser, desde a sua vacuidade até sua plenitude desenvolvida.

Como pode, entretanto, o "ser" em geral decair até o ponto de se apresentar como "o pensamento"? De que outra maneira que através do fato de o ser vir caracterizado previamente como fundamento do pensamento, entretanto - porque pertence à unidade com o ser -, se recolher no ser enquanto fundamento, ao modo do explorar e fundar. O ser se manifesta como pensamento. Isto significa: o ser do ente se desocupa como o fundamento que a si mesmo explora e funda. O fundamento, a ratio são, segundo a essência de sua origem: o logos no sentido do deixar-estar-aí que a tudo reúne: o hen panta. Assim, pois, em verdade, para Hegel "a Ciência", quer dizer, a metafísica, não é "lógica" porque tem como tema o pensamento, mas porque o objeto do pensamento permanece o ser. Este, entretanto, desde a aurora de seu desocultamento, interpela, através de seu caráter de logos, de fundamento fundante, o pensamento e lhe impõe a tarefa de fundamentar.

A metafísica pensa o ente enquanto tal, quer dizer, em geral. A metafísica pensa o ente enquanto tal, quer dizer, no todo. A metafísica pensa o ser do ente, tanto na unidade exploradora do mais geral, quer dizer, do que em toda parte é in-diferente, como na unidade fundante da totalidade, quer dizer, do supremo acima de tudo. Assim é previamente pensado o ser do ente como o fundamento fundante. Por isso, toda a metafísica é, basicamente, desde o fundamento, o fundar que presta contas do fundamento; que lhe presta contas e finalmente lhe exige contas.

Para que aventamos isto? Para experimentarmos as batidas expressões ontologia, teologia e onto-teologia naquilo em que escondem sua importância. Não há dúvida que, de saída, as expressões ontologia e teologia são tomadas, e isto se dá comumente, numa acepção paralela a outros termos também conhecidos: psicologia, biologia, cosmologia, arqueologia. As silabas finais "-logia" dizem, de maneira imprecisa e corrente, que se trata da ciência da alma, do vivo, do cosmos, das antiguidades. Mas na "-logia" se oculta não apenas o lógico no sentido do consequente e em geral do que tem caráter enunciativo, que articula e dinamiza todo o saber das ciências, armazena-o e o comunica. A "-logia" é, cada vez, o todo de um complexo fundador, onde os objetos das ciências são representados sob o ponto de vista de seu fundamento, isto é, são compreendidos. A ontologia, porém, e a teologia são "logias" na medida em que exploram o ente enquanto tal e o fundam no todo. Elas prestam contas do ser, enquanto fundamento do ente. Prestam contas ao logos e são, num sentido essencial, conformes ao logos, quer dizer, à lógica do logos. De acordo com isto chamam-se mais exatamente onto-lógica e teo-lógica. Mais objetivamente pensada e determinada de maneira mais clara, a metafísica é: Onto-teo-lógica.

Compreendemos agora o nome "lógica" no sentido essencial, que também inclui a expressão usada por Hegel e somente assim o elucida, a saber, como o nome para aquele pensamento que, em toda parte, explora e funda o ente enquanto tal e no todo, a partir do ser como fundamento (logos). O traço fundamental da metafísica designa-se onto-teo-lógica. Após estas considerações, estamos em condições de esclarecer como o Deus entra na filosofia. [MHeidegger 192]


Se a situação é esta, não deveria também a maneira de interpretar o ser, o modo de pensar, ter um caráter diferente e adequado? Desde a Antiguidade chama-se a teoria do pensamento "lógica". Se, entretanto, o pensamento, em sua relação com o ser, é ambíguo: enquanto antecipação de horizonte e enquanto organon, não permanecerá, na perspectiva citada, também ambíguo aquilo que se chama "lógica? Não se torna absolutamente problemática "a lógica" enquanto organon e enquanto horizonte da interpretação do ser? Uma consideração que procura dirigir-se nesta direção não se volta contra a lógica, mas se aplica a determinar de maneira suficiente o logos, isto é, aquele dizer no qual o ser se manifesta na linguagem como o mais digno de ser pensado. [MHeidegger: A TESE DE KANT SOBRE O SER]


A preleção nem se compraz numa "filosofia da angústia" [Angstphilosophie] nem procura insinuar a impressão de uma "filosofia heroica". Ela pensa apenas aquilo que apareceu ao pensamento ocidental, desde o começo, como aquilo que deve ser pensado e permaneceu, entretanto, esquecido: o ser [Sein]. Mas o ser não é produto do pensamento. Pelo contrário, o pensamento essencial [wesentliche Denken] é um acontecimento [Ereignis] provocado pelo ser.

É por isso que também se torna necessária a formulação do que até agora foi silenciado: situa-se este pensamento já na lei de sua verdade se apenas segue aquele pensamento compreendido pela "lógica", em suas formas e regras? Por que põe a preleção esta expressão entre aspas? Para assinalar que a "lógica" é apenas uma das explicações da essência do pensamento; aquela que já, o seu nome o mostra, se funda na experiência do ser realizado pelo pensamento grego. A suspeita contra a lógica - como sua consequente degenerescência pode valer a logística - emana do conhecimento daquele pensamento que tem sua fonte na experiência da verdade do ser e não na consideração da objetividade do ente [Gegenständlichkeit des Seienden]. [MHeidegger POSFACIO]


Compreendemos agora o nome "lógica" no sentido essencial, que também inclui a expressão usada por Hegel e somente assim o elucida, a saber, como o nome para aquele pensamento que, em toda parte, explora e funda o ente enquanto tal e no todo, a partir do ser como fundamento (logos). O traço fundamental da metafísica designa-se onto-teo-lógica. Após estas considerações, estamos em condições de esclarecer como o Deus entra na filosofia. [MHeidegger A CONSTITUIÇÃO ONTO-TEO-LÓGICA DA METAFÍSICA]

Submitted on 02.08.2021 19:45
This entry has been seen individually 665 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ

Powered by XOOPS © 2001-2012 The XOOPS Project