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R raciocínio lógico e ontológico
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Termos chaves da Filosofia
raciocínio lógico e ontológico
Definition:As diferenças entre o raciocinar lógico e o ontológico podem ser suficientemente elucidativas. Logicamente poder-se-ia estabelecer que o conceito de possível contém o de necessário. Este seria uma espécie de possível, pois algo necessário, quando se deu ou se dá revela que era possível, pois do contrário não se daria. O necessário é, pois, necessariamente um possível. Era um poder ser que se atualizou de modo necessário. Aqui estão tomados confusamente o necessário hipotético e o absolutamente simples.
Não há, contudo, coincidência eidética entre o possível e o necessário, daí não se poder dizer que tudo que é necessário é possível naquele sentido exposto. Ademais o possível exige o necessário, sem o qual aquele não seria tal. Vê-se, assim que, ontologicamente, é o necessário que dá a razão (logos) de ser do possível. Este, como um ente (ontos), tem sua razão (logos) naquele. O necessário é assim a razão do ser do possível, o logos desse ente (ontos) é a sua razão ontológica.
Ontologicamente, o necessário não é uma espécie do possível, nem este uma espécie daquele. Na dialética-ontológica não há relações de gênero e espécie, no modo que foram estabelecidas por Aristóteles no Organon e que permaneceram na lógica formal. Há apenas relações de simultaneidade, ou melhor de concomitância entre o que nós construímos eidético-noeticamente. Nossos esquemas lógicos são estruturas proporcionais à intencionalidade de nosso entendimento. São constituídos como unidades formais, que a atividade abstratista de nossa mente reduz a unidades separadas. Na realidade ontológica essas estruturas não se dão por implicações e complicações idênticas à da lógica, Alcançamos pela mente a distinção conceitual que surge necessariamente da análise. Recebemos um conhecimento primordialmente, que a análise desdobra em conceitos vários., Mas o exame ontológico faz ressaltar o concreto, o que se dá unitivamente numa totalidade, isto é, concomitantemente. Há, sem dúvida, implicância e complicância, mas fundada num nexo de necessidade ontológica. A dialética ontológica não repele a lógica, não a nega, não a abandona. Mas torna-a aposteriorística; ou seja, só aceita e emprega o raciocínio com juízos lógicos, depois de os haver devidamente fundado ontologicamente. Essa providência é acauteladora e evita os perigos de um raciocinar meramente lógico, que pode levar a erros, devido ao caráter bivalente da lógica formal. Desse que se alcança o valor ontológico, o juízo reduz-se ao enunciado: "A é necessariamente B, e só B". esse enunciado expressa bem a diferença, que é por ora suficiente para boa compreensão do que expomos.
A dialética ontológica, em busca dos nexos de necessidade é o raciocinar ascendente; a lógica formal, com todas as contribuições dos medievalistas e as da logística moderna, constitui a parte central, estabilizada e fundada naquela; a dialética, no sentido clássico, a decadialética e a pentadialética, por nós estabelecidas, como modos de pensar concreto-ôntico ou um pensar que desce à onticidade das coisas e estabelece a análise até das singularidades, constituem um raciocinar descendente. Uma dialética simbólica auxilia-nos a alcançar os postulados ontológicos, pois o raciocínio analógico, que segue as normas socrático-platônicas, auxilia-nos a descobrir a lei, na qual se fundam as analogias, o que permite oferecer uma boa via para o exame das religiões. [MFSDIC]
Não há, contudo, coincidência eidética entre o possível e o necessário, daí não se poder dizer que tudo que é necessário é possível naquele sentido exposto. Ademais o possível exige o necessário, sem o qual aquele não seria tal. Vê-se, assim que, ontologicamente, é o necessário que dá a razão (logos) de ser do possível. Este, como um ente (ontos), tem sua razão (logos) naquele. O necessário é assim a razão do ser do possível, o logos desse ente (ontos) é a sua razão ontológica.
Ontologicamente, o necessário não é uma espécie do possível, nem este uma espécie daquele. Na dialética-ontológica não há relações de gênero e espécie, no modo que foram estabelecidas por Aristóteles no Organon e que permaneceram na lógica formal. Há apenas relações de simultaneidade, ou melhor de concomitância entre o que nós construímos eidético-noeticamente. Nossos esquemas lógicos são estruturas proporcionais à intencionalidade de nosso entendimento. São constituídos como unidades formais, que a atividade abstratista de nossa mente reduz a unidades separadas. Na realidade ontológica essas estruturas não se dão por implicações e complicações idênticas à da lógica, Alcançamos pela mente a distinção conceitual que surge necessariamente da análise. Recebemos um conhecimento primordialmente, que a análise desdobra em conceitos vários., Mas o exame ontológico faz ressaltar o concreto, o que se dá unitivamente numa totalidade, isto é, concomitantemente. Há, sem dúvida, implicância e complicância, mas fundada num nexo de necessidade ontológica. A dialética ontológica não repele a lógica, não a nega, não a abandona. Mas torna-a aposteriorística; ou seja, só aceita e emprega o raciocínio com juízos lógicos, depois de os haver devidamente fundado ontologicamente. Essa providência é acauteladora e evita os perigos de um raciocinar meramente lógico, que pode levar a erros, devido ao caráter bivalente da lógica formal. Desse que se alcança o valor ontológico, o juízo reduz-se ao enunciado: "A é necessariamente B, e só B". esse enunciado expressa bem a diferença, que é por ora suficiente para boa compreensão do que expomos.
A dialética ontológica, em busca dos nexos de necessidade é o raciocinar ascendente; a lógica formal, com todas as contribuições dos medievalistas e as da logística moderna, constitui a parte central, estabilizada e fundada naquela; a dialética, no sentido clássico, a decadialética e a pentadialética, por nós estabelecidas, como modos de pensar concreto-ôntico ou um pensar que desce à onticidade das coisas e estabelece a análise até das singularidades, constituem um raciocinar descendente. Uma dialética simbólica auxilia-nos a alcançar os postulados ontológicos, pois o raciocínio analógico, que segue as normas socrático-platônicas, auxilia-nos a descobrir a lei, na qual se fundam as analogias, o que permite oferecer uma boa via para o exame das religiões. [MFSDIC]
Reference: A VISITAR: CITAÇÕES DE HEIDEGGER, POR TERMOS CHAVES
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