Search
Main Menu
Home Lexikon  Lexikon R  R responsabilidade responsabilidade
Lexikon

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

responsabilidade

Definition:
(in. Responsibility; fr. Responsabilité; al. Verantwortlichkeit; it. Responsabilità). Possibilidade de prever os efeitos do próprio comportamento e de corrigi-lo com base em tal previsão. Responsabilidade é diferente de imputabilidade. O termo responsabilidade e seu conceito são recentes: aparecem pela primeira vez em inglês e em francês em 1787 (em inglês, aparecem em Federalist de Alexandre Hamilton, f. 64; cf. responsabilidade McKeon, Revue Internationale de Philosophie, 1957, ne 1, pp. 8 ss.). O primeiro significado do termo foi político, em expressões como "governo responsável" ou "responsabilidade do governo", indicativas do caráter do governo constitucional que age sob controle dos cidadãos e em função desse controle. Em filosofia, o termo foi usado nas controvérsias sobre a liberdade e acabou sendo útil principalmente aos empiristas ingleses, que quiseram mostrar a incompatibilidade do juízo moral com a liberdade e a necessidade absolutas (cf. Hume, Inq. Conc. Underst., VIII; Stuart Mill, nota a Analysis of the Phenomena of the Human Mind de J. MILL, 1869, II, p. 325). Na verdade, a noção de responsabilidade baseia-se na de escolha, e a noção de escolha é essencial ao conceito de liberdade limitada (v. liberdade). Está claro que, no caso da necessidade, a previsão dos efeitos não poderia influir na ação, e que tal previsão não poderia influir na ação no caso da liberdade absoluta, que tornaria o sujeito indiferentes previsão. Portanto, o conceito de responsabilidade inscreve-se em determinado conceito de liberdade, e mesmo na linguagem comum chama-se alguém de "responsável" ou elogia-se seu "senso de responsabilidade" quando se pretende dizer que a pessoa em questão inclui nos motivos de seu comportamento a previsão dos possíveis efeitos dele decorrentes (cf. o fascículo citado da Revue Internationale de Philosophie, especialmente os artigos de McKeon, Abbagnano e Weil. Para a distinção entre imputabilidade e responsabilidade, cf. Scheler, Der Formalismus in der Ethik, pp. 504 ss.) (v. intenção). [Abbagnano]
Ser responsável por um ato é reconhecer-se seu autor e aceitar suas consequências, isto é, as sanções. — Num sentido mais estrito, o indivíduo é responsável por um ato: 1.° quando o quis e realizou; 2.° quando o quis mas sem ele próprio realizá-lo; 3.° quando realizou-o sem o querer; 4.° quando não o quis nem realizou, mas dependia dele evitá-lo. Diferenciam-se, desse ponto de vista diferentes graus de responsabilidade, conforme trate-se de responsabilidade civil ou penal (casos 1.° e 3.°) ou de responsabilidade moral (casos 2.° e 4.°). — As três condições da responsabilidade são: a existência de uma lei (social ou moral), a posse da razão (os dementes são irresponsáveis) e a liberdade (não se é responsável por um ato realizado sob coação). [Larousse]
É uma consequência necessária da humana liberdade da vontade e da imputabilidade que nela radica. Em virtude desta, a pessoa moral, como causa decisiva de sua atuação boa e má, deve responder por seus atos perante sua consciência, perante o mundo ético ambiente e sobretudo perante o Juiz divino, e aceitar as inevitáveis consequências de seu comportamento. O sujeito da responsabilidade é a pessoa capaz da ação moral. Seu objeto é a ação peculiar e plenamente humana, procedente da parte espiritual essencial do homem através de sua livre vontade. Os fenômenos espontâneos da atividade correspondente à impulsividade sensitiva (movimentos de ira, concupiscência) não são imediatamente livres enquanto tais; podem porém ser influenciados, por meio de refreamento, pela vontade livre. A ordenação fundamental da vontade ao bem em geral e à meta suprema da felicidade é certamente voluntária, porque procede da vontade, mas é insuprimível. Só é livre a direção desta tendência fundamental para determinados fins particulares, de modo que a vontade poderia também prescindir deles. Contudo, a pessoa só é capaz de imputabilidade e, portanto, de responsabilidade, quando se verifica o conhecimento moral suficiente e o querer livre não é entorpecido pelo impulso demasiado violento ou pela surpresa. Também diminuem ou suprimem totalmente a imputabilidade e a responsabilidade perturbações mentais de diversa espécie. Na responsabilidade manifesta-se a nobreza da pessoa humana. — Schuster. [Brugger]
Related site: https//sofia.hyperlogos.info

Submitted on 17.05.2011 09:59
This entry has been seen individually 862 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ