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assentimento

Definition:
synkatathesis: na teoria estoica da intelecção, noesis 16 [FEPeters]


(gr. synkatatesis; lat. assensus; in. Assent; fr. Assentiment; al. Beifall ou Zustimmung; it. Assensó).

Termo correlativo de apreensão, que designa o ato com que se julga do objeto apreendido, isto é, assente-se a ele, dissente-se dele ou duvida-se dele. Os primeiros a elaborar a teoria do assentimento foram os estoicos. O assentimento é a reação da alma à ação da coisa externa, que lhe é imprimida pela representação. "Assim como é necessário que o prato da balança se abaixe quando sobre ele são colocados pesos, também é necessário que a alma adira à evidência" (Cícero, Acad., III, 12, 37). Receber a representação é coisa involuntária, já que ver branco depende da cor branca que se tem à frente, e assim por diante. Mas assentir à representação está naquele que acolhe a representação. O assentimento é, pois, voluntário. É parte integrante da representação cataléptica, segundo a qual "onde se tira o assentimento, tira-se também a compreensão" (Sexto Empírico, Adv. math., VIII, 397-398). Na filosofia cristã, a noção de assentimento serviu para definir a fé. João Damasceno definiu a fé como "assentimento não acompanhado por indagação" (non inquisitivus assensus, De fide orth., IV, 12). Referindo-se a esse conceito, Tomás de Aquino define a fé como "pensar com assentimento". Diz: "O intelecto pode aderir a uma coisa de dois modos. No primeiro modo, porque é movido a assentir pelo próprio objeto, porque é conhecido por si mesmo, como ocorre com os primeiros princípios de que temos inteligência, ou porque é conhecido através de outro, como ocorre com as conclusões de que temos ciência. No segundo modo, o intelecto adere a alguma coisa não porque tenha sido suficientemente movido pelo próprio objeto, mas por escolha voluntária que o inclina mais para um lado do que para outro. Ora, se isso acontecer juntamente com a dúvida e com o temor de que o outro lado seja verdadeiro, ter-se-á a opinião; se acontecer, porém, com certeza e sem aquele temor, ter-se-á a fé" (S. Th., II, 2, q. 1, a. 4). Na última fase da escolástica, a doutrina do assentimento foi elaborada por Ockham. Segundo ele, o ato do assentimento acompanha o ato do aprendizado. "Quem quer que aprenda uma proposição (In Sent., prol., q. 1, 55) assente, dissente ou duvida." A teoria do assentimento é, substancialmente, a teoria do erro. Segundo Ockham, quando uma proposição é empírica ou racionalmente evidente, o assentimento é garantido pela sua evidência, ao passo que, quando falta essa evidência, o assentimento é mais ou menos voluntário e vê-se diante da possibilidade do erro (ibid., II. q. 25). Doutrina análoga encontra-se em Descartes. Para julgar, requer-se, em primeiro lugar, o intelecto, já que não se pode julgar sobre aquilo de que não se tem apreensão; em segundo lugar, a vontade, pela qual se adere ao que foi percebido (Princ. phil., I, § 34). E na maior amplitude da vontade, isto é, na possibilidade de que o assentimento também seja dado ao que não é apreendido de modo evidente, baseia-se a possibilidade do erro (ibid., § 35). Locke elabora a doutrina do assentimento relacio-nando-a com os graus de probabilidade. "A crença, assentimento ou opinião consiste em admitir ou aceitar como verdadeira uma proposição com base em argumentos ou provas que nos convencem sem nos dar conhecimento certo da sua verdade" (Ensaio, IV, 15, 3). A própria fé é uma espécie de assentimento, aliás "um assentimento fundado na razão mais alta" (ibid., 14). De modo semelhante, Rosmini considerou o assentimento como um ato livre, que se segue ao conhecimento, isto é, à simples apreensão da coisa (Ciência moral, ed. nac. 1941, p. 109). A Gramática do assentimento (1870) de Newmann distinguiu o assentimento real, destinado às coisas, do assentimento nocional, destinado às proposições. O assentimento nocional é o que se chama de profissão, opinião, presunção, especulação; o assentimento real é a crença. O assentimento nocional a uma proposição dogmática é um ato teológico; o assentimento real à mesma proposição é um ato religioso. As duas coisas não se contradizem, mas só o assentimento real leva ao credo dogmático os sentimentos e as imaginações que condicionam a sua validade religiosa. Essas ideias de Newmann, retomadas e desenvolvidas por Ollé-Laprune e por Blondel, deram à filosofia da ação. [Abbagnano]


Designamos por este vocábulo aquele elemento que distingue o juízo das restantes funções cognitivas. O conceito esgota-se na apresentação de conteúdos sem tomada de posição, p. ex., homem, mortal. Como tudo permanece ainda em suspenso, ele, o conceito, oferece conhecimento só incoativamente. O conhecimento só se realiza plenamente no juízo que toma posição e decide, que une ao conteúdo precisamente o assentamento, p. ex., o homem é mortal. Como este exemplo mostra, o assentimento exprime-se por meio da cópula "é" e pode aparecer como afirmação ou negação ("é", "não é", respectivamente). O assentimento não é dado às cegas, mas procede da intelecção da relação dos dois conteúdos (sujeito e predicado). Embora possua certa semelhança com uma decisão da vontade, ele é obra do entendimento, e precisamente é a operação em que este alcança sua perfeição máxima. Quando diz "é" daquilo que é, e "não é" daquilo que não é (Aristóteles usa esta forma) indica as coisas no que são e penetra até ao ser do ente, ao passo que o conceito se limita a apresentar as essências das coisas como manifestações ainda não postas em relação com o ser. A consumação do ser no assentimento converte também o juízo em posto da verdade. O assentimento do juízo tem, em última instância, suas raízes (ao menos, mediatamente) na existência atual ou possível do próprio ente. — Lotz. [Brugger]




O ato pelo qual o espírito reconhece por verdadeiro ou uma proposição, ou o estado que resulta desse ato.

Um assentimento pode efetuar-se por meras opiniões, ou por proposições com caráter de certeza. Assentir não é raciocinar sobre certos fatos, mas a aceitação global posterior de raciocínios, que se apresentam ao espírito como um todo, quer de origem alheia, quer de elaboração própria. Há quem queira atribuir ao «assentimento» um caráter de espontaneidade, que o contrasta com o «consentimento», que seria voluntário e reflexivo. [MFSDIC]

Submitted on 06.01.2010 20:09
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