Search
Who is Online
14 user(s) are online (14 user(s) are browsing Léxico Filosofia)

Members: 0
Guests: 14

more...
Novos Termos
Termos Populares
Home Léxico Filosofia  Léxico Filosofia C  C casa do ser casa do ser
Léxico Filosofia

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

casa do ser

Definition:
das Haus des Seins

P — Há algum tempo, com muita timidez, chamei a linguagem de casa do ser. Se, pela linguagem, o homem mora na reivindicação do ser, então nós europeus, pelo visto, moramos numa casa totalmente diferente da oriental.

J — Na suposição de que essas línguas não apenas são diferentes mas que possuem fundamentalmente uma outra essência.

P — Assim a conversa de uma casa para outra torna-se quase impossível. [GA12]


Este co-responder é um falar. Está a serviço da linguagem. O que isto significa é de difícil compreensão para nós hoje, pois nossa representação comum da linguagem passou por um estranho processo de transformações. Como consequência disso a linguagem aparece como um instrumento de expressão. De acordo com isso, tem-se por mais acertado dizer que a linguagem está a serviço do pensamento em vez de: o pensamento como co-respondência está a serviço da linguagem. Mas, antes de tudo, a representação atual da linguagem está tão longe quanto possível da experiência grega da linguagem. Aos gregos se manifesta a essência da linguagem como o logos. Mas o que significa logos e legein? Apenas hoje começamos lentamente, através de múltiplas interpretações do logos, a descerrar para nossos olhos o véu sobre sua originária essência grega. Entretanto, nós não somos capazes nem de um dia regressar a esta essência da linguagem, nem de simplesmente assumi-la como herança. Pelo contrário, devemos entrar em diálogo com a experiência grega da linguagem como logos. Por quê? Porque nós, sem uma suficiente reflexão sobre a linguagem, jamais sabemos verdadeiramente o que é a filosofia como a co-respondência acima assinalada, o que ela é como uma privilegiada maneira de dizer. [MHeidegger: QUE É ISTO - A FILOSOFIA?]


Caso, em nosso ensaio de conduzir nosso pensamento ao lugar de origem da essência da identidade, algo tiver consistência, que terá acontecido com o título da conferência? O sentido do título "O princípio da Identidade" se teria transformado. O princípio se apresenta primeiro na forma de um primeiro princípio que pressupõe a identidade como um traço no ser, quer dizer, no fundamento do ente. Este princípio no sentido de um enunciado transformou-se a caminho num princípio que é uma espécie de salto que, distanciando-se do ser como fundamento do ente, salta no abismo (sem-fundamento). Mas este abismo não é nem o nada vazio nem o negro caos, mas: o acontecimento-apropriação. No acontecimento-apropriação vibra a essência daquilo que a linguagem fala, a linguagem que certa vez designamos como a casa do ser. Princípio da identidade diz agora: um salto exigido pela essência da identidade porque dele necessita, se, entretanto, o comum-pertencer de homem e ser for destinado a alcançar a luz essencial do acontecimento-apropriação. [MHeidegger: IDENTIDADE E DIFERENÇA]


Consideramos somente — e isso de maneira bem grosseira — o último verso e ainda o transformamos num enunciado não poético: nenhuma coisa [Ding] é onde falha a palavra [Wort]. Podemos fazer ainda outra coisa. Podemos acrescentar ao enunciado: alguma coisa só é quando a palavra apropriada e competente nomeia algo como sendo um ente [Seiende], estabelecendo assim cada ente como tal. Isso não significaria então que só há ser onde uma palavra apropriada vem à fala? Mas de onde a palavra recebe a sua propriedade? O poeta [Dichter] não diz nada sobre isso. O conteúdo do último verso enuncia, no entanto, que o ser [Sein] de tudo aquilo que é mora na palavra. Nesse sentido, é válido afirmar: a linguagem é a casa do ser. Procedendo desse modo, a poesia [Dichtung] haveria de proporcionar a mais bela confirmação de uma posição de pensamento, pronunciada em outra ocasião. Só que na verdade proceder assim seria confundir e misturar tudo. Agindo assim, não apenas rebaixamos a poesia para a posição de mera validação de um pensamento como tomamos o pensamento como algo leviano, esquecendo o que significa fazer uma experiência com a linguagem [Sprache]. [GA12]

Submitted on 27.10.2010 16:48
This entry has been seen individually 389 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ

Powered by XOOPS © 2001-2012 The XOOPS Project