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ambiguidade

Definition:
Zweideutigkeit

Se, na convivência cotidiana, tanto o que é acessível a todo mundo quanto aquilo de que todo mundo pode dizer qualquer coisa vêm igualmente ao encontro, então já não mais se poderá distinguir, na compreensão autêntica, o que se abre do que não se abre. Essa AMBIGUIDADE não se estende apenas ao mundo mas, também, à convivência como tal e até mesmo ao ser da presença [Dasein] para consigo mesma. STMSC: §37

Tudo parece ter sido compreendido, captado e discutido autenticamente quando, no fundo, não foi. Ou então parece que não o foi quando, no fundo, já foi. A AMBIGUIDADE não diz respeito apenas ao dispor e ao tratar com o que pode estar acessível num uso e numa fruição, mas já se consolidou no compreender como um poder-ser, no modo do projeto e da doação preliminar de possibilidades da presença [Dasein]. Não somente todo mundo conhece e discute o que se dá e ocorre, como também todo mundo já sabe falar sobre o que vai acontecer, o que ainda não se dá e ocorre, mas que “propriamente” deve ser feito. Todo mundo sempre já pressentiu e farejou de antemão o que outros já pressentiram e farejaram. Essa atitude de estar na pista e, na verdade, a partir do ouvir dizer – quem autenticamente “está na pista” não fala sobre isso – é o modo mais traiçoeiro em que a AMBIGUIDADE propicia à presença [Dasein] possibilidades, a fim de sufocá-la em sua força. STMSC: §37

Supondo que aquilo que impessoalmente se pressentiu e farejou seja, algum dia, de fato transformado, será justamente a AMBIGUIDADE quem terá cuidado para que morra imediatamente o interesse pela coisa realizada. Esse interesse só subsiste no modo da curiosidade e da falação, ao dar-se como a possibilidade de mero pressentimento em comum, sem nenhum compromisso. Quando e enquanto se está na pista de alguma coisa, o mero estar junto recusa o compromisso do acompanhamento no momento em que se dá início à realização do que se pressentiu. É que, com a realização, a presença [Dasein] se vê sempre remetida a si mesma. A falação e a curiosidade perdem o seu poder. E, por isso, se vingam. Face à realização do que se pressente em comum, a falação lança logo mão de uma constatação fácil: isso qualquer um poderia ter feito, pois também já o tinha pressentido. Em última instância, a falação não está sequer empenhada em que o que ela pressente e constantemente requer aconteça realmente. Pois, com isso, ser-lhe-ia arrancada a oportunidade de continuar pressentindo. STMSC: §37

Entretanto, o tempo do empenho da presença [Dasein] no estado silencioso da realização e de um autêntico fracasso é totalmente diverso. Do ponto de vista público, é sensivelmente muito mais vagaroso do que o tempo da falação, que “vive mais velozmente”. Por isso, a falação, de há muito, já estava em outra, na mais nova. O que antes havia pressentido e uma vez realizado já chegou tarde demais com relação à novidade mais recente. Em sua AMBIGUIDADE, a falação e a curiosidade cuidam para que aquilo que se criou de autenticamente novo já chegue envelhecido quando se torna público. Este só consegue libertar-se em suas possibilidades positivas, quando a falação encobridora perde a voga, e o interesse “comum” morre. STMSC: §37

A AMBIGUIDADE da interpretação pública proporciona as falas adiantadas e os pressentimentos curiosos com relação ao que propriamente acontece, carimbando assim as realizações e as ações com o selo de retardatário e insignificante. Desse modo, no impessoal, o compreender da presença [Dasein] não vê a si mesmo em seus projetos, no tocante às possibilidades ontológicas autênticas. A presença [Dasein] é e está sempre “por aí” [»da«] de modo ambíguo, ou seja, por aí na abertura pública da convivência, onde a falação mais intensa e a curiosidade mais aguda controlam o “negócio”, onde cotidianamente tudo e, no fundo, nada acontece. STMSC: §37

Essa AMBIGUIDADE oferece à curiosidade o que ela busca e confere à falação a aparência de que nela tudo se decide. Esse modo de ser da abertura do ser-no-mundo também domina inteiramente a convivência como tal. Numa primeira aproximação, o outro “está por aí” [»da«] pelo que se ouviu impessoalmente dele, pelo que se sabe e se fala a seu respeito. A falação logo se insinua dentre as formas de convivência originária. Todo mundo presta primeiro atenção em como o outro se comporta, no que ele irá dizer. A convivência no impessoal não é, de forma alguma, uma justaposição acabada e indiferente, mas um prestar atenção uns nos outros, ambíguo e tenso. Trata-se de um escutar uns aos outros secretamente. Sob a máscara do ser um para o outro atua o ser um contra o outro. STMSC: §37

Neste sentido, deve-se considerar que a AMBIGUIDADE não nasce primordialmente de uma intenção explícita de deturpação e distorção e nem é detonada primeiro por uma presença [Dasein] singular. A AMBIGUIDADE já subsiste na convivência enquanto convivência lançada num mundo. Entretanto, publicamente, ela se esconde, e o impessoal haverá sempre de objetar que essa interpretação não corresponde ao modo de ser da interpretação do impessoal. Seria um equívoco pretender que o impessoal concordasse com a explicação desse fenômeno. STMSC: §37

Os fenômenos da falação, da curiosidade e da AMBIGUIDADE foram explicitados de maneira a revelar entre eles mesmos um nexo ontológico. O modo de ser desse nexo é o que se deve agora apreender do ponto de vista ontológico-existencial. O modo básico do ser da cotidianidade deve ser compreendido no horizonte das estruturas ontológicas da presença [Dasein] até aqui obtidas. STMSC: §37

A falação, a curiosidade e a AMBIGUIDADE caracterizam o modo em que a presença [Dasein] realiza cotidianamente o seu “pre” [das Da], a abertura de ser-no-mundo. Como determinações existenciais, essas características não são algo simplesmente dado na presença [Dasein], constituindo também o seu ser. Nelas e em seu nexo ontológico, desvela-se um modo fundamental de ser da cotidianidade que denominamos com o termo decadência da presença [Dasein]. STMSC: §38

Este termo não exprime qualquer avaliação negativa. Pretende apenas indicar que, numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, a presença [Dasein] está junto e no “mundo” das ocupações. Este empenhar-se e estar junto a... possui, frequentemente, o caráter de perder-se no caráter público do impessoal. Por si mesma, em seu próprio poder-ser si mesmo mais autêntico, a presença [Dasein] já sempre caiu de si mesma e decaiu no “mundo”. Decair no “mundo” indica o empenho na convivência, na medida em que esta é conduzida pela falação, curiosidade e AMBIGUIDADE. O que anteriormente denominamos de impropriedade da presença [Dasein] recebe agora, com a interpretação da decadência, uma determinação mais precisa. Impróprio e não próprio não significam, de forma alguma, “propriamente não”, no sentido de a presença [Dasein] perder todo o seu ser nesse modo de ser. Impropriedade também não diz não mais ser e estar no mundo. Ao contrário, constitui justamente um modo especial de ser-no-mundo em que é totalmente absorvido pelo “mundo” e pela co-presença [Dasein] dos outros no impessoal. Não ser ele mesmo é uma possibilidade positiva dos entes que se empenham essencialmente nas ocupações de mundo. Deve-se conceber esse não-ser como o modo mais próximo de ser da presença [Dasein], o modo em que, na maioria das vezes, ela se mantém. STMSC: §38

A falação abre para a presença [Dasein] o ser, em compreendendo, para o seu mundo, para os outros e para consigo mesma, mas de maneira a que esse ser para... conserve o modo de uma oscilação sem solidez. A curiosidade abre toda e qualquer coisa, de maneira que o ser-em esteja em toda parte e em parte nenhuma. A AMBIGUIDADE não esconde nada à compreensão de presença [Dasein], mas só o faz para rebaixar o ser-no-mundo ao desenraizamento do em toda parte e em parte nenhuma. STMSC: §38

Tornando-se desse modo tentação, a interpretação pública mantém a presença [Dasein] presa em sua decadência. A falação e a AMBIGUIDADE, o já ter visto tudo e já ter compreendido tudo, perfazem a pretensão de que a abertura da presença [Dasein], assim disponível e dominante, seria capaz de lhe assegurar a certeza, a autenticidade e a plenitude de todas as possibilidades de seu ser. A certeza de si mesmo e a decisão do impessoal espalham uma suficiência crescente no tocante à compreensão própria e disposta. A pretensão do impessoal, de nutrir e dirigir toda “vida” autêntica, tranquiliza a presença [Dasein], assegurando que tudo “está em ordem” e que todas as portas estão abertas. O ser-no-mundo da decadência é, em si mesmo, tanto tentador como tranquilizante. STMSC: §38

A questão que orienta este capítulo buscava o ser do pre [das Da]. O tema era a constituição ontológica da abertura, inerente à essência da presença [Dasein]. O modo de ser da abertura forma-se na disposição, no compreender e na fala. O modo de ser cotidiano da abertura caracteriza-se pela falação, curiosidade e AMBIGUIDADE. STMSC: §38

4. A decadência pertence à constituição de ser da presença [Dasein]. Numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, a presença [Dasein] se perdeu em seu “mundo”. Enquanto projeto para as possibilidades de ser, o compreender aí já se inseriu. Empenhar-se no impessoal significa o predomínio da interpretação pública. O que se descobre e se abre instala-se nos modos de distorção e fechamento através da falação, da curiosidade e da AMBIGUIDADE. O ser para os entes não desaparece, desenraiza-se. O ente não se encobre por completo, ele se descobre no momento em que se distorce; ele se mostra – mas segundo o modo da aparência. Ao mesmo tempo, o que já se tinha descoberto volta a afundar na distorção e no velamento. Em sua constituição de ser, a presença [Dasein] é e está na “não-verdade” porque é, em sua essência, decadente. Assim como a expressão “decadência”, o termo “não-verdade” é usado aqui em seu sentido ontológico. Na analítica existencial, deve-se afastar de seu uso toda e qualquer “valoração” onticamente negativa. Fechamento e encobrimento pertencem à facticidade da presença [Dasein]. Do ponto de vista ontológico-existencial, o sentido completo da sentença: “a presença [Dasein] é e está na verdade” também inclui, de modo igualmente originário, que a “presença [Dasein] é e está na não-verdade”. Todavia, somente na medida em que a presença [Dasein] se abre é que ela também se fecha; e somente na medida em que, com a presença [Dasein], já sempre se descobriram os entes intramundanos é que eles, enquanto encontro possível dentro do mundo, já se velaram (encobriram) e distorceram. STMSC: §44

A análise desse “morre-se” impessoal desvela, inequivocamente, o modo do ser-para-a-morte cotidiano. Numa tal fala, ele é compreendido como algo indeterminado, que deve surgir em algum lugar mas que, numa primeira aproximação, para si mesmo, ainda-não é simplesmente dado, não constituindo, portanto, uma ameaça. O “morre-se” divulga a opinião de que a morte atinge, por assim dizer, o impessoal. A interpretação pública da presença [Dasein] diz: “morre-se” porque, com isso, qualquer um outro e o próprio impessoal podem dizer com convicção: mas eu não; pois esse impessoal é o ninguém. A “morte” nivela-se a uma ocorrência que, embora atinja a presença [Dasein], não pertence propriamente a ninguém. Se a AMBIGUIDADE é o próprio da falação, isso se dá, sobretudo, nessa fala sobre a morte. A morte que é sempre minha, de forma essencial e insubstituível, converte-se num acontecimento público que vem ao encontro do impessoal. A fala assim caracterizada refere-se à morte como um “caso” que permanentemente ocorre. Ele propaga a morte como algo sempre “real”, mas encobre-lhe o caráter de possibilidade e os momentos que lhe pertencem de irremissibilidade e insuperabilidade. com essa AMBIGUIDADE, a presença [Dasein] adquire a capacidade de perder-se no impessoal, no tocante a um poder-ser privilegiado, que pertence ao seu ser mais próprio. O impessoal dá razão e incentiva a tentação de encobrir para si o ser-para-a-morte mais próprio. STMSC: §51

Através da abertura, o ente que chamamos presença [Dasein] está na possibilidade de ser o seu pre [das Da]. Com o seu mundo, ele é, numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, uma presença [Dasein] para si mesmo, e isso de tal modo que, a partir do “mundo” das ocupações, ele já abriu para si mesmo o poder-ser. O poder-ser em que a presença [Dasein] existe sempre já se entregou a determinadas possibilidades. E isso porque se trata de um ente lançado. Este estar-lançado acha-se aberto pela determinação da afinação do humor, de modo mais ou menos penetrante e claro. O compreender pertence, de forma igualmente originária, à disposição (humor). Por isso a presença [Dasein] “sabe” {CH: pretende sabê-lo} a quantas ela mesma anda na medida em que se projetou em possibilidades de si mesma ou, afundando-se no impessoal, recebeu da interpretação pública do impessoal as suas possibilidades. Essa recepção, no entanto, só é existencialmente possível porque a presença [Dasein], enquanto ser-com em compreendendo, pode escutar {CH: de onde provém esse ouvir e poder ouvir? O ouvir sensível dos ouvidos como um modo lançado de aceitação} os outros. Perdendo-se no teor público do impessoal e na sua falação, a presença [Dasein], ao escutar o impessoalmente si mesmo, não dá ouvidos ao próprio de si mesma. Para a presença [Dasein] retirar-se da perdição em que não dá ouvidos – retirar-se por ela mesma – ela deve primeiro poder encontrar a si enquanto o que não deu ouvidos a si mesma, por ter dado ouvidos ao impessoal. Esse último dar ouvidos deve ser rompido, ou seja, a própria presença [Dasein] deve dar a si a possibilidade de uma escuta que o interrompa. A possibilidade dessa interrupção reside em ser interpelada sem mediação. Esse apelo rompe o dar ouvidos ao impessoal em que a presença [Dasein] não dá ouvidos quando, de acordo com seu próprio caráter, desperta uma escuta que, em tudo, se contrapõe à escuta perdida. Se este se caracteriza pelo “ruído” da AMBIGUIDADE múltipla e variada da falação cotidianamente “nova”, o apelo deve apelar sem ruído, sem AMBIGUIDADE, sem apoiar-se na curiosidade. O que assim apelando se dá a compreender é a consciência. STMSC: §55

É na existencialidade da presença [Dasein], como um poder-ser no modo da preocupação em ocupações, que se prelineia, ontologicamente, o para quê da decisão. Todavia, enquanto cura, a presença [Dasein] se determina por facticidade e decadência. Aberta em seu “pre” [das Da], ela se mantém, de modo igualmente originário, na verdade e na não-verdade. “Propriamente” isso vale justamente para a decisão enquanto verdade própria. Ela se apropria propriamente da não-verdade. A presença [Dasein] já está e, talvez sempre esteja, na indecisão. Esse termo designa apenas o fenômeno já interpretado como abandono à interpretação predominante do impessoal. A presença [Dasein] é “vivida” como o impessoal-si-mesmo pela AMBIGUIDADE do senso comum, característica do público em que ninguém se decide e que, no entanto, já sempre incide. A decisão significa deixar-se receber o apelo a partir da perdição no impessoal. A indecisão do impessoal permanece também predominante, embora não seja capaz de alcançar a existência decidida. Enquanto conceito inverso à decisão em sua compreensão existencial, a indecisão não significa uma qualidade ôntica e psíquica, no sentido de sobrecarga de repressões. O decisivo também continua referido ao impessoal e a seu mundo. A possibilidade disto ser compreendido depende do que se abre na decisão, já que só a decisão propicia à presença [Dasein] a transparência própria. Na decisão está em jogo o poder-ser mais próprio da presença [Dasein] que, lançado, só pode projetar-se para possibilidades faticamente determinadas. O decisivo não se retira da “realidade” mas descobre o faticamente possível, a tal ponto que o apreende como o poder-ser mais próprio, possível no impessoal. A determinação existencial da presença [Dasein] decidida a cada possibilidade abrange os momentos constitutivos do fenômeno existencial, até agora desconsiderado, que chamamos de situação. STMSC: §60

A interpretação temporal de compreender e disposição deparou-se não apenas com a ekstase primária referente a cada fenômeno mas também com toda a temporalidade. Da mesma forma que o porvir possibilita primariamente o compreender e o vigor de ter sido possibilita o humor, o terceiro momento estrutural da cura, a decadência, encontra seu sentido existencial na atualidade. A análise preparatória da decadência teve início com a interpretação da falação, da curiosidade e da AMBIGUIDADE. A análise temporal da decadência deve seguir o mesmo caminho. Contudo, a investigação se limitará em considerar a curiosidade porque é nela que se pode ver, mais facilmente, a temporalidade específica da decadência. A análise da falação e da AMBIGUIDADE, por sua vez, já pressupõe o esclarecimento da constituição temporal da fala e da significação (da interpretação). STMSC: §68

A AMBIGUIDADE do termo “história” mais imediata e frequentemente observada, embora não seja de forma alguma “fortuita”, anuncia-se em que esse termo significa tanto a “realidade histórica” como a sua possível ciência. Deve-se afastar, provisoriamente, o sentido de “história” como ciência histórica (historiografia). STMSC: §73

Lançada, a presença [Dasein] está, sem dúvida, entregue à responsabilidade de si mesma e de seu poder-ser, mas como ser-no-mundo. Lançada, ela está referida a um “mundo” e existe faticamente com os outros. Numa primeira aproximação e na maior parte das vezes, o si-mesmo está perdido no impessoal. Ele se compreende a partir das possibilidades de existência que “estão em curso” na interpretação pública da presença [Dasein], sempre hodierna e “mediana”. Devido à AMBIGUIDADE, elas são, em sua maioria, irreconhecíveis embora conhecidas. A compreensão existenciária própria escapa tão pouco da interpretação legada que, no decisivo, ela sempre retira a possibilidade escolhida dessa interpretação, contra ela mas sempre a seu favor. STMSC: §74

Submitted on 29.08.2021 12:49
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