Search
Who is Online
19 user(s) are online (19 user(s) are browsing Léxico Filosofia)

Members: 0
Guests: 19

more...
Novos Termos
Termos Populares
Home Léxico Filosofia  Léxico Filosofia E  E Entwurf Entwurf
Léxico Filosofia

 Browse by letter 
 | 0  | 1  | 2  | 3  | 4  | 5  | 6  | 7  | 8  | 9  |  A  |  B  |  C  |  D  |  E  |  F  |  G  |  H  |  I  |  J  |  K  |  L  |  M  |  N  |  O  |  P  |  Q  |  R  |  S  |  T  |  U  |  V  |  W  |  X  |  Y  |  Z  |

Entwurf

Definition:
projet [ETEM]
project [BTJS]

Entwurf (esboço): O contexto no qual este conceito está imerso é mais amplo do que à primeira vista poderia parecer. Heidegger fala-nos reiteradamente em esboço do ser, mas retira a legitimidade desta expressão de seu próprio étimo originário. Em primeiro lugar, o termo Entwurf cunha-se a partir do mesmo verbo que caracteriza essencialmente o ser-situado: werfen. O ser-situado não ganha a existência através de um processo causal passível de ser apreendido de modo intelectivo-representacional: através de um antes e de um depois logicamente articulados. Ao contrário, ele é jogado (geworfen) abruptamente no acontecimento apropriativo. No interior deste acontecimento, ele já sempre se movimenta porém a cada vez em sintonia com uma compreensão de ser. À medida mesmo que é jogado na existência, ele desfaz a tendência preferencial do seer para o encobrimento (entwerfen) e o abre na totalidade. Esta abertura descreve a essência do conceito de "esboço". [Casanova; GA67MAC:185-186]


Similarmente [a entwerfen], um Entwurf é um "rascunho, esboço, desenho, croqui, esquema, projeto". Heidegger recupera a associação com o lançar. As palavras são assim adequadamente traduzidas por " projeto" e " projeção", do latim proicere, " lançar para a frente".

Um Entwurf no sentido de Heidegger, não é um plano ou projeto particular: é o que torna possível qualquer plano ou projeto (SZ, 145; GA29, 526). Ele dá várias explicações do que é projetado: um mundo [Welt] (GA29, 526); o ser dos entes [Sein des Seienden] ou a "constituição do seu ser" [Seinsverfassung] (GA24, 29f; GA27, 198ss); concepções científicas fundamentais do ser tais como a visão matemática da natureza (GA27, 185ss); o próprio Dasein (SZ, 145). Ele também fala da projeção de algo sobre algo: a compreensão projeta o ser de Dasein sobre o seu "em-função-de" [Worumwillen] e sobre a significação [Bedeutung] do seu mundo (SZ, 145); a compreensão [Verständnis], ou o próprio Dasein, projeta Dasein sobre as (suas) possibilidades [Möglichkeit] ou sobre uma possibilidade (SZ, 145; GA24, 392f); entes são projetados sobre o seu ser (GA24, 29, 396); o ser é projetado sobre o tempo [Zeit] (GA24, 397, 437).

Um(a) projeto(ção) é “ livre”. Não se determina por nosso conhecimento anterior nem por nossos desejos anteriores, já que é somente à luz de um projeto que podemos possuir quaisquer conhecimentos ou desejos específicos. Um projeto não é projetado gradativamente, passo a passo, mas de uma só vez, por um salto [Sprung] adiante (GA6T1, 392; GA65, 352). Há três tipos principais de projeto (p.ex. GA27, 185ss):

1. Todo Dasein deve projetar um mundo e possuir uma compreensão pré-ontológica do ser, i.e., projetar o ser, incluindo o seu próprio ser. Tal projeção não ocorre em um tempo definido: é uma “ação imemorial [Urhandlung]” de Dasein. Esta projeção capacita Dasein a compreender, por exemplo, o que é um utensílio ou o que é uma outra pessoa, independentemente dos utensílios particulares e das pessoas que ele encontra. É comparável à compreensão geral de o que é uma cidade e ao senso de direção que uma pessoa possui.

2. Uma ciência envolve uma projeção da constituição dos entes com os quais ela lida, p.ex. a projeção do ser como matemática de Galileu e de Newton. Um tal projeto não se funda na experiência dos entes: o projeto decide antes o que conta como um ente [Seiende] e como experiência [Erfährung]. Ele também não se funda em um projeto prévio ou em uma crítica do mesmo: um novo projeto não é compatível com o seu predecessor, pois altera inteiramente a nossa visão do ser e dos entes. Este tipo de projeto não suplanta o projeto do tipo 1: um físico matemático ainda precisa de uma compreensão pré-ontológica [vorontologische] de utensílios, pessoas, tempo etc. Um projeto científico é análogo ao mapa seletivo de uma cidade; não pode prescindir de uma compreensão pré-ontológica geral dos entes da mesma forma que um usuário do mapa não pode chegar a lugar algum sem um senso de direção.

3. Um filósofo adquire uma compreensão conceitual, ontológica, de ser, que envolve uma compreensão dos projetos 1 e 2. O filósofo não pode simplesmente descrever com esmero estes projetos sem nenhuma projeção especificamente filosófica. A natureza do ser, de Dasein etc. estão “cobertas (p.ex., SZ, 376), não abertas a puras inspeções empíricas. Por conseguinte, o filósofo precisa passar por uma projeção “existencial” ou uma “construção [Konstruktion] fenomenológica” da, p.ex., historicidade de Dasein (SZ, 375ss). Mais uma vez, o filósofo deve projetar um ente (p.ex., Dasein) “sobre seu ser e suas estruturas” (GA24, 29s). Compreendemos algo, x, ao projetá-lo sobre outro algo, y, o “sobre-o-qual [Woraufhin]” da projeção e o “sentido [Sinn]” de x (SZ, 323ss). Há, assim, uma “estratificação” de projetos. Compreendemos os entes ao projetá-los sobre o ser (GA24, 396). Compreendemos o ser ao projetá-lo sobre o tempo. O regresso termina com o tempo; o tempo, devido à sua “unidade estática”, é “projeção de si”; não precisa ser projetado sobre outra coisa para ser compreendido (GA29, 437). As projeções do filósofo prosseguem na direção inversa à projeção de sua conceitualização, o projeto básico de Dasein (GA24, 399). Isto está de acordo com a visão de Aristóteles; o que é anterior em si mesmo é posterior para nós. O tempo é anterior ao ser e o torna possível, o ser é anterior aos entes e os torna possíveis. Mas devido à obscuridade destas relações, passamos dos entes ao ser, e então ao tempo.

Mais tarde, Heidegger adota uma visão mais histórica do projeto 1, falando da “ projeção originária grega” do ser como a “constância da VIGÊNCIA” [Anwesen] (p.ex. GA6T2, 8). O projeto constituidor de Dasein é visto como a realização dos filósofos e/ou poetas mais do que do Dasein cotidiano.

Um projeto envolve a “concepção prévia [Vorgriff]” e o “a priori”. O que é um utensílio; outras pessoas; que há um mundo: estes são a priori dentro do projeto 1, e, portanto, para todo Dasein. [DH:151-152]


NT: Project(ing) (Entwurf, entwerfen), 100fn (as ecstatic temporality), 145-151, 147fn, 174, 181, 199, 221-223, 235, 260, 262-263, 277, 284-285, 295, 297, 301-302, 311fn (pre-ontological), 312-315, 324-327, 325fn (existentiell and existential), 330, 336-338, 360, 362-363 (mathematical), 372, 375fn (phenonemenological construction as), 383, 385, 392-394, 437, et passim; as thrown, 144-145, 148, 181, 223, 276, 285, 406; of Da-sein, 270, 277, 284, 313, 363, 385, 394, 406; of Dasein’s being, 145, 147, 195, 324; of existence, 325, 372; of being-in-the-world, 147; of authentic being-towards-death, 237, 260-267 (§ 53); of anticipation, 266-267; of resoluteness, 385; of understanding, 148, 151, 174, 265, 324; of possibilities, 298, 312, 383, 394; of a potentiality-of-being, 148, 305, 336, 365; of a meaning of being in general, 235; of relevance, 353; of a world, 195, 394; of nature, 362-363; of the primary ‘then’, 409; of historicality, 376; of the idea of historiography, 393; upon its "upon-which," 151, 324-325; upon possibilities, 145, 147-148, 181, 187, 194-195, 222, 263, 270, 284, 295, 297, 299, 312, 315, 339, 383, 385, 387, 394; upon a potentiality-of-being, 194, 262-263, 265, 277, 287, 306, 313, 334, 343, 385, 406; upon a "for-the-sake-of-itself," 327; upon significance, 145, 147, 151; upon the world, 151; upon meaning, 151, 324; upon being, 312, 393; upon one’s being-guilty, 296-297, 301, 305, 382, 385; upon one’s potentiality for becoming guilty, 287, 306; existential, 301, 305, 323, 376, 383; ontological, 302, 309, 312, 393; understanding, 314-315; self, 276, 287, 382-383, 385-386, 387; resolute, 386; thrown, 148, 223, 285; null, 285, 287-288; inauthentic, 339; factical, 297. See also Anticipation; Disclosedness; Meaning; Possibility; Potentiality of being; Understanding [BTJS]


Entwurf (der), entwerfen: «proyecto» o «proyección», «proyectar». El verbo entwerfen procede de werfen («lanzar», «arrojar»). Tradicionalmente, se aplica en el ámbito de la literatura y las formaciones mentales. Bajo la influencia del francés projéter, adquiere el significado de «esbozo provisional», «borrador». En la actualidad, entwerfen significa «proyectar», «esbozar», «imaginar», «idear». De manera similar, un Entwurf es un «borrador», «bosquejo», «esbozo», «modelo». Heidegger prefiere asociar entwerfen y Entwurf con «lanzar» (del latín proicere [«arrojar»]), lo que permite las traducciones de «proyectar» y «proyección». En el marco del análisis ontológico del Dasein, el proyecto es la constitución existenciaria de la comprensión. El proyecto abre el espacio de juego de las posibilidades del Dasein en cuanto poder-ser. No se trata de un proyecto pensado y ejecutado racionalmente con el fin de lograr un fin concreto. El término Entwurf no tiene nada que ver con un plan estratégico que responda a una racionalidad de tipo técnico-instrumental; antes bien, en la proyección, la comprensión no aprehende temáticamente aquello hacia lo cual se proyecta, sino que tan sólo arroja al Dasein ante la posibilidad como posibilidad sin más. El proyecto es libre, es decir, no está determinado por un conocimiento previo o un deseo, pues sólo es posible tener conocimientos y deseos en el ámbito de un proyecto. El proyecto, por tanto, es la condición ontológica de posibilidad de cualquier plan, proyecto o deseo. En los cursos anteriores a Ser y tiempo, se utiliza el término Tendenz («tendencia») para indicar este rasgo característico de la existencia fáctica, que en 1927 se sustituye por el de Entwurf. Véanse también las entradas complementarias de Geworfenheit (die) y Verstehen (das). [GA58, p. 34; GA24, p. 392; GA2, pp. 145-148, 151, 174, 181, 221-223 262-263 (muerte), 266, 277, 284-285, 315, 324-325 (interpretación), 336, 362, 385, 406.] [LHDF]


1. ‘Entwurf’. The basic meaning of this noun and the cognate verb ‘entwerfen’ is that of ‘throwing’ something ‘off’ or ‘away’ from one; but in ordinary German usage, and often in Heidegger, they take on the sense of ‘designing’ or ‘sketching’ some ‘project’ which is to be carried through; and they may also be used in the more special sense of ‘projection’ in which a geometer is said to ‘project’ a curve ‘upon’ a plane. The words ‘projection’ and ‘project’ accordingly lend themselves rather well to translating these words in many contexts, especially since their root meanings are very similar to those of ‘Entwurf’ and ‘entwerfen’; but while the root meaning of ‘throwing off’ is still very much alive in Heidegger’s German, it has almost entirely died out in the ordinary English usage of ‘projection’ and ‘project’, which in turn have taken on some connotations not felt in the German. Thus when in the English translation Dasein is said to ‘project’ entities, or possibilities, or even its own Being ‘upon’ something, the reader should bear in mind that the root meaning of ‘throwing’ is more strongly felt in the German than in the translation. [BTMR]




Submitted on 29.07.2021 22:40
This entry has been seen individually 379 times.

Bookmark to Fark  Bookmark to Reddit  Bookmark to Blinklist  Bookmark to Technorati  Bookmark to Newsvine  Bookmark to Mister Wong  Bookmark to del.icio.us  Bookmark to Digg  Bookmark to Google  Share with friends at Facebook  Twitter  Bookmark to Linkarena  Bookmark to Oneview  Bookmark to Stumbleupon Bookmark to StudiVZ

Powered by XOOPS © 2001-2012 The XOOPS Project