Lexikon
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Heidegger - Termos originais
Drang
Definition:impulsion [ETEM]
urge [BTJS]
pulsão [Ernildo Stein]
NT: Urge (Drang), 10, 194-196. See also Care; Predilection; Willing; Wishing [BTJS]
Drang é o termo que Heidegger explora para extrair toda a riqueza de sentido da vis de Leibniz. Drang equivale originariamente ao termo grego horme, que vem de hormao: excitar. Desta forma verbal grega se origina a palavra portuguesa hormônio: princípio ativo das secreções internas. Traduzo Drang por pulsão, que vem de pulsar: impelir, repelir. Bater, ferir, tocar, tanger. Palpitar, latejar, arquejar. Pulsão como Drang distingue-se e se opõe a instinto porque não exige um objeto correlato. O termo pulsão, além de reproduzir o sentido de Drang, possui a vantagem de permitir o jogo semântico que o filósofo realiza pelo uso de prefixos com Drang. Além das formas verbais, podemos formar, em português: com-pulsão, ex-pulsão, im-pulsão, re-pulsão. A longa história da palavra Drang deu-lhe uma variedade de conotações que dificilmente são percebidas por uma língua com outra história. Desde o termo medieval dang até a exploração que dele faz Max Scheler, Drang passa pelo movimento da literatura alemã Sturm und Drang (1767-1785), pelo idealismo (Schelling), pela filosofia da vida (Dilthey). Heidegger usa a palavra Drang livre de conotações biológicas ou irracionalistas, acentuando-lhe a dimensão transcendental de que necessita para analisar a questão do ser do ente no pensamento de Leibniz, no horizonte de sua ontologia fundamental. (Agradeço ao Prof. Hermann Zeltner, da Universidade de Erlangen-Nürnberg, sempre disponível para clarificar no diálogo questões como esta.) [Ernildo Stein, nota em MHeidegger]
NT: Urge (Drang), 10, 194-196. See also Care; Predilection; Willing; Wishing [BTJS]
Drang é o termo que Heidegger explora para extrair toda a riqueza de sentido da vis de Leibniz. Drang equivale originariamente ao termo grego horme, que vem de hormao: excitar. Desta forma verbal grega se origina a palavra portuguesa hormônio: princípio ativo das secreções internas. Traduzo Drang por pulsão, que vem de pulsar: impelir, repelir. Bater, ferir, tocar, tanger. Palpitar, latejar, arquejar. Pulsão como Drang distingue-se e se opõe a instinto porque não exige um objeto correlato. O termo pulsão, além de reproduzir o sentido de Drang, possui a vantagem de permitir o jogo semântico que o filósofo realiza pelo uso de prefixos com Drang. Além das formas verbais, podemos formar, em português: com-pulsão, ex-pulsão, im-pulsão, re-pulsão. A longa história da palavra Drang deu-lhe uma variedade de conotações que dificilmente são percebidas por uma língua com outra história. Desde o termo medieval dang até a exploração que dele faz Max Scheler, Drang passa pelo movimento da literatura alemã Sturm und Drang (1767-1785), pelo idealismo (Schelling), pela filosofia da vida (Dilthey). Heidegger usa a palavra Drang livre de conotações biológicas ou irracionalistas, acentuando-lhe a dimensão transcendental de que necessita para analisar a questão do ser do ente no pensamento de Leibniz, no horizonte de sua ontologia fundamental. (Agradeço ao Prof. Hermann Zeltner, da Universidade de Erlangen-Nürnberg, sempre disponível para clarificar no diálogo questões como esta.) [Ernildo Stein, nota em MHeidegger]
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