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reciprocidade

Definition:
(in. Reciprocity; fr. Reciprocité; al. Wechseltvirkung; it. Reciprocità d’azioné).

É o princípio da conexão universal das coisas no mundo, em virtude do qual elas constituem uma comunidade, um todo organizado. Portanto, a ação recíproca nada tem a ver com o princípio de ação e reação enunciado por Newton. Kant faz da ação recíproca um princípio puro do intelecto, e vê nele a terceira analogia da experiência, expressa com as seguintes palavras: "Todas as substâncias, quando podem ser percebidas no espaço como simultâneas, estão entre si numa ação recíproca universal". Assim como a sucessão temporal tem fundamento na conexão causal, também a simultaneidade temporal tem fundamento na reciprocidade de ação entre as substâncias. Kant diz: "Sem comunidade, cada percepção (dos fenômenos no espaço) se separaria das outras, e a cadeia das representações empíricas, isto é, a experiência, deveria recomeçar do início a cada novo objeto, sem que a precedente pudesse ligar-se a ele ou estar em relação temporal com ele." (Crítica da Razão Pura, Anal. dos princ, III, 3). O sentido da conexão recíproca é esclarecido em seguida por Kant da seguinte maneira (loc. cit.): "A palavra Gemeinschaft [= comunidade] tem duplo significado: pode significar tanto communio quanto comercium. Aqui a empregamos no segundo sentido, como comunidade dinâmica, sem a qual nem a comunidade espacial (communio spatiz) poderia ser conhecida empiricamente." Não admira que o Romantismo tenha valorizado ao máximo essa noção, de caráter tão nitidamente metafísico e espiritualista. Schelling afirma (System des transzendentalen Idealismus, p. 228) que "a relação de causalidade não pode ser construída sem a ação recíproca", enquanto Hegel (Enc., §§ 154 ss.) vê na passagem da causalidade à ação recíproca a passagem da necessidade ao desvendamento da necessidade, ou seja, à liberdade. O que tudo isso significa é expresso com toda a clareza por Lotze, em Microcosmo (III2, p. 482): "A ação recíproca das substâncias finitas no mundo só poderá ser entendida se elas forem partes de uma Substância infinita que as abranja todas em si mesma." Essa noção é frequente nas concepções espiritualistas do mundo, não passando de transcrição, em termos mais modernos, da simpatia universal (v. simpatia) que as concepções mágicas (v. magia) admitiam entre as coisas do mundo. Portanto, não é de surpreender que Schopenhauer afirmasse que "a ação recíproca não existe", porquanto "ela pressuporia que o efeito é a causa da sua causa, e que aquilo que segue é, ao mesmo tempo, o que precede" (Über die vierfache Wurzel des Satzes vom zureichenden Grunde, 1813, § 20). [Abbagnano]

Submitted on 16.05.2011 20:29
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